Dados do Trabalho

Título

Síndrome de Caroli e o Impacto do Transplante de Órgãos.

Introdução

A síndrome de Caroli, descrita pela primeira vez em 1958, é uma doença autossômica recessiva que causa a dilatação congênita das vias biliares. Diante da rareza e agressividade dessa síndrome, o estudo apresenta um relato da repercussão da enfermidade na vida da paciente, tendo em vista um resgate da visão holística acerca das doenças crônicas e o Transplante de Órgãos.

Material e Método

Realizou-se o relato do caso, juntamente com uma revisão da literatura.

Resultados

Paciente C.T., 34 anos, feminino. História da doença de Caroli, dor contínua, tratada com opioides desde os 7 anos e uso de analgésicos desde então, procurou atendimento em virtude de dor muito intensa no abdômen superior nos últimos 20 dias exacerbada em relação à habitual. Apresentava náuseas, vômitos, distensão abdominal, estufamento e emagrecimento. Paciente passou por procedimentos cirúrgicos no fígado desde os 7 anos. Avaliação psiquiátrica indica adição à opioides. Realizou-se avaliação por especialista, e foi indicado transplante de fígado. Após transplante, houve dificuldade no manejo dos analgésicos, porém, com a boa evolução clínica, o quadro de dor gradativamente diminuiu, e o entendimento da paciente em relação às circunstâncias se transformou, possibilitando melhoras em relação à adição.

Discussão e Conclusões

Associadas à doença, decorrem as limitações, as perdas de função, as dores físicas e, sobretudo, a emocional. Dentro do quadro de uma doença crônica e pouco conhecida, emergem os prejuízos múltiplos à qualidade de vida e os sintomas mentais, como a adição. O desenvolvimento de patologia dolorosa acarreta várias comorbidades psicopatológicas, sendo o estresse decisivo no desenrolar de uma diversidade de situações clínicas. O transplante de órgão, por sua vez, gerou um impacto crucial no enfrentamento da situação.

Palavras Chave

Dor; caroli; transplantes.

Área

FÍGADO - Complicações