Dados do Trabalho

Título

Transplante Hepático após recidiva de HCC em pacientes cirróticos previamente hepatectomizados

Introdução

O Carcinoma Hepatocelular (HCC) é o tumor maligno primário de fígado mais comum, principalmente, nos pacientes portadores de Cirrose Hepática. Apesar dos avanços no tratamento, grande parte dos pacientes apresenta recidiva tumoral. Este estudo tem como objetivo analisar o perfil epidemiológico dos pacientes cirróticos que realizaram Transplante Hepático (TH) como tratamento de recidiva do HCC após hepatectomia.

Material e Método

Estudo retrospectivo realizado a partir da revisão de prontuários de um Serviço Terciário no Acre, do ano de 2008 até 2019.

Resultados

Foram analisados 8 pacientes, sendo 50% do sexo masculino; a média de idade foi de 51,6 anos (SD±15). Quanto à etiologia da cirrose, 37,8% foi por vírus C, 25% por vírus B, 25% eram coinfectados vírus B-D e 12,5% apresentaram infecção simultânea por vírus B, C e D. O segmento hepático mais frequentemente acometido pelo HCC foi o IV. Os transplantes foram realizados em média 2,1 anos após a hepatectomia, com a média de MELD pré-transplante de 17 (SD±7,69). Três indivíduos evoluíram para óbito, sendo apenas 1 decorrente de complicações imediatas do transplante. A sobrevida global em 5 anos de transplante foi de 62,5% sem nenhum caso de recidiva do HCC.

Discussão e Conclusões

Frente a escassez de órgãos e descompensação clínica apresentada pelos paciente cirróticos portadores de HCC, TH nem sempre é uma opção terapêutica viável e disponível. A hepatectomia como tratamento primário pode ser usada nos casos de tumor localizado e nos pacientes fora de critérios de Milão mas estes últimos só terão direito ao TH se a recidiva ocorrer mais que 2 anos após a hepatectomia e dentro dos CM, conforme a legislação brasileira. O TH como terapia de resgate nos pacientes que apresentarem recidiva do HCC após hepatectomia constitui uma alternativa com bons resultados.

Palavras Chave

Transplante

Área

FÍGADO - Complicações