Dados do Trabalho
TÍTULO
COLECISTITE ENFISEMATOSA
INTRODUÇÃO
A colecistite enfisematosa (CE) é uma forma rara e grave de colecistite aguda. Cerca de 1% a 3% dos pacientes com colecistite aguda podem desenvolver esta variante e a mortalidade está em torno de 15% a 25%. Há uma maior incidência entre homens diabéticos acima dos 50 anos e em pacientes de hemodiálise. Sua etiologia é o comprometimento vascular da vesícula biliar, seguida da proliferação do microrganismos, como a Escherichia coli, Aerobacter, Klebsiella spp e Salmonella spp. Os sintomas são dor no quadrante superior direito e febre com náuseas ou vômitos, tais sintomas podem ser menos intensos em pacientes com insuficiência renal. A ultrassonografia possui alta especificidade no diagnóstico de doenças de vesícula biliar, porém a tomografia de abdome é o melhor exame para identificar a CE. Os achados ultrassonográficos clássicos da CE incluem coleções de gás altamente ecogênicas, com ou sem sombras, que se originam da parede ou lúmen da vesícula biliar. O tratamento é cirúrgico, preferencialmente por videolaparoscopia.
RELATO DE CASO
N.T.G, 32 anos, admitida no pronto socorro com queixa de dor em hipocôndrio direito há 1 semana, associada à náusea e mal estar geral, sem alteração do hábito intestinal ou febre. Referia ter hipertensão arterial e insuficiência renal crônica dialítica. A ultrassonografia de abdome demonstrou vesícula com paredes espessadas, com gás entremeado. Indicada colecistectomia videolaparoscópica, identificou-se vesícula biliar com sinais de inflamação, parede espessada com gás, coloração esverdeada, distendida, ducto cístico fino, fígado com sinais inflamação crônica e aumentado de tamanho, chegando a altura da cicatriz umbilical. No pós-operatório permaneceu na UTI por 4 dias + 2 dias em enfermaria até a alta, sem intercorrências durante o este período. Está em seguimento ambulatorial da cirurgia geral, sem queixas, com recuperação satisfatória.
DISCUSSÃO
O diagnóstico rápido da colecistite enfisematosa é necessário para evitar a alta mortalidade, principalmente em paciente diabético com insuficiência renal ou imunossupressão.
PALAVRAS CHAVE
COLECISTITE AGUDA; COLECISTITE ENFISEMATOSA; DIABÉTICO
Área
FÍGADO, VIAS BILIARES E PÂNCREAS
Instituições
HOSPITAL REGIONAL DE COTIA - São Paulo - Brasil
Autores
AMANDA DA CUNHA BORGES, FERNANDA ASSUNÇÃO MALDOS, THAIS REALI DE JESUS SIQUEIRA, MAURO HENRIQUE DE SA ADAMI MILMAN, MARCIO JOSE CARDOSO AMARAL, SAMANTHA CAVALCANTE, JOSÉ ROBERTO MELCHIORI BUCCO, MARCIO GOTTO