Dados do Trabalho


Título

COMPARAÇAO ENTRE COLECISTECTOMIAS VIDEOLAPAROSCOPICAS E ABERTAS REALIZADAS NO SISTEMA UNICO DE SAUDE NO BRASIL

Objetivo

Comparar colecistectomias videolaparoscópicas (CVL) com as abertas (CAB) realizadas no sistema único de saúde no Brasil

Método

Estudo observacional retrospectivo de pacientes submetidos a colecistectomia no sistema único de saúde do Brasil entre os anos de 2008 e 2018. Levantamento de dados colhidos através do site DATASUS, com seleção dos pacientes a partir do acesso aos “Procedimentos Hospitalares do SUS” e “Produção Hospitalar” descritos como Colecistectomia e Colecistectomia videolaparoscópica.
Foram comparados entre os grupos tempo de internação, mortalidade, valor da internação, e o número de procedimentos para cada uma das vias
As variáveis foram analisadas e os dois grupos, CVL e CAB, foram comparados utilizando-se os testes Qui-quadrado e t Student, considerando p<0,05 como significante.

Resultados

Foi realizado levantamento de dados dos pacientes submetidos à colecistectomias entre os anos de 2008 e 2018 na rede pública de saúde do Brasil, totalizando 1.922.992 cirurgias.
Dentre esses procedimentos, 1.374.854 correspondem a CAB, o que representa aproximadamente 71,5%.
Contudo, o valor absoluto de cirurgias optadas por CVL foi crescente no período estudado, correspondendo a apenas 18.349 cirurgias em 2008 e 81.475 em 2018, enquanto a CAB pouco variou em números, sendo 125.264 em 2008 e 128.979 em 2018 (p<0,001).
Analisando a taxa de mortalidade envolvida nos respectivos procedimentos, observou-se que aproximadamente 0,5% dos pacientes do grupo da CAB evoluíram para óbito na mesma internação, enquanto a taxa dos abordados via laparoscópica foi de apenas 0,13% (p<0,001).
Em relação ao tempo de internação, pôde-se perceber que os pacientes submetidos à CVL permanecem em média 2,75 dias internados entre realização do procedimento e pós-operatório, enquanto aqueles que forma submetidos á CAB permanecem 3,03 dias na instituição em que realizaram o procedimento (p< 0,001).

Conclusões

Nas condições de realização deste estudo, pode-se concluir que os pacientes submetidos à cirurgia videolaparoscópica permanecem menos dias internados para realização do procedimento e com menor mortalidade. Apesar destes benefícios, a via videolaparoscópica representa o menor percentual das colecistectomias realizadas no sistema único de saúde no Brasil.

Palavras Chave

Colecistectomia Videolaparoscópica
Colecistectomia Aberta

Área

VIAS BILIARES

Instituições

Hospital Geral de Itapecerica da Serra - São Paulo - Brasil

Autores

Maria Carolinne de Brito Sá Magalhães, Tercio de Campos, Thais Ayumi Nagano, Guilherme Kened Souza Amorim, Yasmin Sales Medeiros, Vanessa Cristina Cação