Dados do Trabalho


Título

DIAGNOSTICO DE APENDICITE AGUDA POR MEIO DE RADIOGRAFIA DE ABDOME AGUDO

Introdução

Apendicite aguda é a inflamação resultante da obstrução da luz do apêndice, provocada na grande maioria das vezes, por um fecalito, hiperplasia linfóide, e mais raramente por corpo estranho, parasitas ou tumores. É definida como a principal causa de abdome agudo cirúrgico no mundo com uma prevalência em 7% da população, com uma incidência maior em homens brancos, entre a segunda e a quinta década de vida. Sintomas clássicos estão presentes em 60% dos casos e o diagnóstico precoce é essencial para redução da morbimortalidade. A apendicectomia, seja convencional ou videolaparoscópica, é o tratamento definitivo

Relato de Caso

M.A.M.R. 20 anos, encaminhado devido a dor abdominal há 3 dias, periumbilical com migração para fossa ilíaca direita, associado a náusea e hiporexia. Exame físico com dor à palpação de fossa ilíaca direita e Blumberg positivo. Laboratoriais: Leucócitos de 8400 u/L sem desvio e PCR de 324,8 mg/L. Pontuando 6 no escore de Alvarado optado por solicitar radiografia de abdome agudo onde foi localizado fecalito em topografia apendicular. Encaminhado para cirurgia. Realizado apendicectomia convencional localizado, em região de base apendicular, fecalito como causa provável do processo. recebe alta no dia seguinte assintomático.

Discussão

Apendicite aguda, doença caracterizada pela inflamação do apêndice cecal, manifesta-se com dor progressiva e gradual, inicialmente periumbilical com migração para fossa ilíaca direita, desenvolvendo peritonismo a medida que a patologia envolve o peritônio parietal. Anorexia, febre, nausea e vomitos estão presente em até 60% das vezes. Apresentação atípica se dá nos extremos da idade e na gestação. A investigação inicia-se com a suspeita clínica associado a pesquisa laboratorial. Os exames laboratoriais costumam mostrar indícios inflamatórios/infecciosos como leucocitose com desvio à esquerda e alteração das provas inflamatórias, podendo estarem normais na fase inicial da doença. Para auxílio diagnóstico, Alvarado et al propôs um escore para pacientes com suspeita de apendicite, onde pontuação maior igual a 6 tem alta probabilidade de sê-lo. A complementação com imagens se faz necessária frente a quadros atípicos e com escore de Alvarado entre 4 a 6. A radiografia de abdome agudo pode ser útil e fazer parte da propedêutica inicial de investigação. A despeito de uma baixa acurácia, a presença de uma fecalito (visto em até 10% das radiografias) em topografia apendicular associado a sintomas típicos reforça o diagnóstico. Ultrassonografia de abdome total possui sensibilidade de até 94% e especificidade 95% em mãos experientes. A ultrassonografia transvaginal associado a um exame ginecológico se faz necessária em mulheres a fim de se afastar demais patologias pélvicas. O exame padrão ouro atualmente é a tomografia computadorizada de abdome total com contraste, apresentando um valor preditivo positivo de 95 a 97% e acurácia de 98%. No caso o diagnóstico se fez por meio da clinica associado à realização de uma radiografia.

Palavras Chave

Apendicite
Abdome Agudo Inflamatório
Metodos Diangnósticos

Área

URGÊNCIAS NÃO TRAUMÁTICAS

Instituições

Universidade de Ribeirão Preto - UNAERP - São Paulo - Brasil

Autores

Leonardo Claudio Orlando, Régis Rodrigues Balliana, Nathane Silva Mendonça, Leopoldo Miziara Souza, Susana Grajales Gomes, Fernando Von Jelita Salina, Guilherme Miziara Souza, Renan Acacio Silva Mendonça