Dados do Trabalho


Título

IMUNIZAÇAO PARA HEPATITE B ENTRE DOCENTES UNIVERSITÁRIOS

Introdução

No Brasil e no mundo é recomendado um esquema completo de 3 doses da vacina (com intervalo de 30 dias entre a primeira e segunda dose, e de 180 dias entre a primeira e a terceira) para a indução de anticorpos Anti-HBs, em pelo menos, 90-95% dos adultos saudáveis. O objetivo deste estudo é investigar a situação vacinal contra hepatite B de docentes de uma universidade estadual da Bahia.

Material e Método

Estudo transversal, realizado com 423 docentes universitários selecionados aleatoriamente por amostragem estratificada por departamento e tipo de vínculo empregatício. Utilizou-se questionário autoaplicável para avaliar perfil sociodemográfico, características do trabalho, hábitos de vida e perfil de vacinação para hepatite B. Foram estimadas frequências de vacinação entre o grupo, além da análise da imunização para hepatite B. Para análise dos dados foi utilizado programa estatístico Statistical Package for Social Scince, versão 23. A pesquisa foi aprovada pelo comitê de ética e pesquisa da UEFS (parecer 1145223/2015).

Resultados

Entre os/as docentes a maioria eram do sexo feminino (52,0%), com idade entre 25 e 46 anos (51,1%), casados/as (70,3%), com filhos (70,6%); e com autoavaliação positiva sobre sua saúde (70,3%). A respeito da vacinação para hepatite B, constatou-se que 57,9% dos /as professores/as estavam vacinados para hepatite B. Contudo, destes, apenas 35,9% referiram ter recebido três doses do imunobiológico (esquema completo). A respeito da realização do exame sorológico (Anti-Hbs), somente 43,3% referiram a realização da testagem de anticorpos circulantes no sangue, sendo que, 8,3% dos/as docentes informaram não ter ficado imune a doença.

Discussão e Conclusões

Percebeu-se baixa prevalência de vacinação para hepatite B, entre professores/as universitários/as. A avaliação sorológica para hepatite B, foi relatada por menos da metade dos docentes entrevistados e menos de 10% ficaram imunizados. Alguns fatores estão associados à ausência de resposta imunológica, como: sexo masculino, vacinação tardia (>40 anos), obesidade, alcoolismo, tabagismo e outros fatores relacionados à genética. Alguns estudos vêm demonstrando que de 10 a 15 anos após a vacinação primária, muitos indivíduos (11–63%) exibem títulos de Anti-HBs abaixo do ideal. Sugere-se a realização de oficinas com o corpo docente universitário na tentativa de reduzir barreiras de acesso à vacinação e estimulo à realização do Anti-Hbs, após a finalização do esquema vacinal.

Palavras Chave

Imunização; Hepatite B; Docente; Universidade

Área

Imunizações

Instituições

UEFS - Bahia - Brasil

Autores

PALOMA SOUSA PINHO, FERNANDA OLIVEIRA SOUZA, TÂNIA MARIA ARAÚJO