Dados do Trabalho


Título

Prevalência de erros refrativos em escolares do ensino fundamental de uma região metropolitana do Nordeste do Brasil

Introdução

A visão é responsável pela maioria de nossas impressões sobre o mundo e nossas memórias dele, sendo também essencial para o aprendizado intelectual, e pela maior parte da informação sensorial que recebemos do meio externo. A integridade desse meio de percepção é indispensável para o ensino da criança. Com o ingresso na escola, passamos a desenvolver mais intensamente as atividades intelectuais e sociais, diretamente associadas às capacidades psicomotoras e visuais. Muitas das crianças em idade escolar nunca passou por exame oftalmológico. Estima-se que 10% dessas crianças necessitam de óculos e 10% apresentam outro problema oftalmológico.

Método

Trata-se de um estudo de corte transversal com a participação de 804 alunos das séries do ensino fundamental I de 13 escolas públicas situadas em um distrito sanitário de uma cidade de região metropolitana no nordeste do Brasil. O estudo foi realizado de Junho de 2018 a Janeiro de 2019. Foram realizadas triagens oftalmológicas com auxilia da tabela de Snellen e de um autorefrator da marca Huvitz® e seguidas de consulta oftalmológica em ambulatório especializado. Os dados coletados foram inseridos no software Excel 2003/XP da Microsoft Office®, onde foram utilizadas medidas de tendência central e de dispersão para as variáveis numéricas e distribuição de frequência para as variáveis categóricas.

Resultados

Da amostra total, 90 (11,2%) apresentaram baixa de acuidade visual ou algum sintoma de problema visual, recebendo encaminhamento para atendimento oftalmológico. Dos pacientes encaminhados 79 (87,77%) compareceram à consulta. A média de idade foi de 7,6 anos (DP= 1,39). Entre as crianças examinadas, 70,46% possuíam algum erro refracional, sendo a hipermetropia e o astigmatismo os mais comuns (encontrado em 40,00% e 10,12% dos alunos examinados, respectivamente). A miopia foi o erro refracional menos prevalente, presente em 8,86% dos escolares atendidos. Em 40,5% dos atendimentos (32 alunos), não foram prescritos óculos, seja por este não possuir erros de refração (59,3%) ou por apresentarem alteração de grau igual ou menor que meia dioptria (40,6%). Oito escolares (10,1%) obtiveram o primeiro diagnóstico de erro refrativo.

Conclusões

Os erros refrativos em escolares são frequentes. Os resultados encontrados mostraram discordância com a maioria dos trabalhos internacionais, principalmente os asiáticos, que apontam a miopia como o erro refrativo mais comum e corrobora os nacionais, com a grande parte sendo hipermétropes.

Área

TRABALHO CIENTÍFICO

Instituições

FACULDADE DE MEDICINA NOVA ESPERANÇA - Paraíba - Brasil

Autores

THALES ARAUJO FERREIRA, YANA BALDUINO ARAUJO