A VELOCIDADE DA MARCHA EM CANDIDATOS A TRANSPLANTE DE FÍGADO PODE PREDIZER INTERNAÇÃO ANTES DO TRANSPLANTE? UM ESTUDO PILOTO
O transplante hepático é um recurso no estágio final da insuficiência hepática crônica. O MELD varia de acordo com a gravidade da doença e o mesmo determina a posição no cadastro único. As diversas manifestações da evolução da doença levam o paciente à inatividade, e uma avaliação simples como a velocidade da marcha (VM) possui um grande potencial para prever o declínio funcional incluindo hospitalização e mortalidade.
Este estudo piloto analisou a velocidade a marcha dos pacientes do ambulatório de pré-transplante de fígado da Escola Paulista de Medicina a partir dos dados obtidos do teste de caminhada de seis minutos (TC6) e dos registros médicos do ano de 2015.
A amostra deste estudo piloto correspondeu á 5 pacientes sendo que a maior parte é do gênero masculino com média de idade de 48 ±20 anos portadores do Hepatite viral e Cirrose.
A maior distância total e velocidade média do TC6 foi de 510,09 mts e 1,4679 m/s respectivamente, sendo este vinculado com a menor frequência de internação, duas por ano. Onde a menor distância total e velocidade média do TC6 foi de 347,82 mts e 0,9461 m/s respectivamente, sendo este relacionado com a maior frequência de internação, quatro por ano.
A VM habitual inferior a 1 m/s identifica pessoas com alto risco de mortalidade, redução da funcionalidade e da qualidade de vida, além de prever hospitalização. Candidatos a transplante hepático apresentam alterações na capacidade aeróbia, que estão ligados à diminuição da sobrevivência, essa diminuição de mobilidade pode induzir um ciclo vicioso de descondicionamento que tem um efeito direto na saúde, qualidade de vida. Os resultados sugerem que quanto menor a velocidade da caminhada maior a frequência de internação.
Transplante, Hepatopatias, internação, mortalidade, velocidade da marcha.
Multidisciplinar
UNIFESP - São Paulo - Brasil
Andressa Gonçalves Monte da Silva, Luciana Dias Chiavegato, Bartira Roza Aguiar, Priscilla Caroliny Oliveira