Protocolo de avaliação do doador renal vivo em uma instituição privada da cidade de São Paulo.
No último semestre houve queda nos transplantes renais com doadores falecidos devido ao aumento de recusa familiar na efetivação. A crescente demanda e a disponibilidade limitada de órgãos de doadores resultaram em uma maior procura por doadores de rim vivos parentes e não parentes. A instituição precisa de uma equipe multiprofissional para apoiar esse doador, direcionando profissionais que tenham conhecimento sobre o processo de doação. Visando tornar nossa prática mais segura no atendimento ao doador vivo em nosso serviço, em 2013 foi elaborado um protocolo para atendimento ao doador vivo com a presença do Donnor Advocate .
Selecionado o doador, o médico encaminha à coordenação de transplante. O doador passa em entrevista com equipe multiprofissional e encaminhado para consulta com o psicólogo finalizando com o Assistente Social ( Donnor Advocate). Neste momento será alinhado todas as informações, e fornecido suporte necessário para a decisão da doação. A avaliação é encaminhada ao Comitê de Bioética e após a discussão do caso emite um parecer e considerações sobre a doação á equipe médica.
Desde a implantação do protocolo em 2013 até janeiro de 2017 tivemos 35 casos de doadores vivos. Os pareceres foram 30 favoráveis, 2 favoráveis com recomendações e 2 não favoráveis. Apesar do Comitê ter um parecer apenas de recomendação, as equipes médicas estavam preparadas para discutir os casos e tomarem suas decisões respaldadas pela instituição.
Concluímos que as entrevistas individuais com os doadores trazem uma riqueza de informações tanto para o doador , quanto para o entrevistador e facilita sua tomada de decisão e o papel do advocate é fundamental neste processo, pois ele é a referência do paciente no processo final de sua decisão.
advocate;protocolo
Coord. Tx / Ética
Hospital Alemão Oswaldo Cruz - São Paulo - Brasil
Jaqueline de Araujo Silva Senedezi, Rosilene Duarte Campos Silva