ACOLHIMENTO FAMILIAR E A SUA INFLUÊNCIA NO PROCESSO DA DECISÃO DE DOAÇÃO: PERFIL DAS FAMÍLIAS.
A baixa oferta de órgãos para transplantes,justificam a necessidade de estudar os fatores que podem colaborar como determinantes para a decisão pela doação ou o não consentimento, por parte das famílias entrevistadas.
O presente estudo teve por objetivo analisar a relação entre o acolhimento familiar e o perfil das famílias de pacientes que tiveram diagnostico de morte encefálica com a decisão para doação de órgãos e tecidos, no Estado da Bahia, no ano de 2014.
Estudo de natureza quantitativa, de caráter exploratório, descritivo com familiares dos potenciais doadores após o momento da comunicação do diagnóstico de morte encefálica e vivencia da entrevista familiar para doação de órgãos no ano de 2014.
No Estado da Bahia, no ano de 2014, entre os prováveis doadores de órgãos houve uma distribuição semelhante quanto ao sexo, entretanto entre os doadores a maioria com 64% estava na faixa etária de 21 a 50 anos e 65% dos não doadores tinham idades de 40 a maior que 60 anos. Os principais motivos que levaram a ter morte encefálica no grupo de doadores foram: Acidente Vascular Cerebral – AVC (49%), Traumatismo Crânio Encefálico – TCE (46%). Já no grupo dos não–doadores 57% por AVC e 30% TCE.
Quanto a qualidade do acolhimento familiar dispensado durante a investigação da ME e a entrevista familiar, não apresentou relevância na tomada de decisão da família em relação a doação, mostrando que os familiares consideram o conhecimento prévio em relação ao processo de doação e suas crenças. Isso nos comprova que, investir no esclarecimento da morte encefálica e na valorização dos benefícios da doação junto a população baiana, são estratégias que devem ser valorizados para obtenção de resultados positivos.
Morte Encefálica. Doação de órgãos e tecidos. Acolhimento
Coord. Tx / Ética
CENTRAL ESTADUAL DE TRANSPLANTES - Bahia - Brasil
AMERICA CAROLINA BRANDAO DE MELO SODRE, JANE CRIS DE OLIVEIRA CUNHA