ESTABELECIMENTO DE PROTOCOLO PARA ARMAZENAMENTO DE PELE AUTÓGENA REFRIGERADA
Enxertos autólogo de pele são utilizados em tratamento de pacientes queimados. Esses enxertos podem ser armazenados e preservados, desde que o processo de armazenamento seja realizado com rígido controle de qualidade, para garantir a redução dos riscos de infecção.
Foi estabelecido um protocolo para armazenamento de pele refrigerada com controle de coleta, preservação, embalagem e registro de todos os processos. Para garantia de qualidade foram coletadas biópsias dos enxertos para microbiologia pré e pós-armazenamento e realizado um estudo transversal de prevalência de contaminação pré e pós-estocagem.
Os pontos críticos encontrados foram inadequação de embalagem, ausência de registros de processos, falta de coleta de biópsias para microbiologia e falhas no descarte. A maior parte das amostras estava contaminada tanto pré como pós-estocagem (84,2%). Apenas duas amostras apresentaram microbiologia estéril no pré e contaminação no pós, porém foram encontrados germes da pele do tipo gram positivo.
Nesse estudo foi estabelecida uma prática envolvendo equipe multidisciplinar do setor de queimados do Instituto Central do Hospital das Clínicas de São Paulo, principalmente dos enfermeiros que zelam por garantir a realização dos processos com o máximo rigor de boas práticas. Através dos resultados obtidos foi possível padronizar um método de armazenamento de pele autóloga refrigerada que ainda necessita de alguns ajustes para estar completamente adequado aos padrões de qualidade necessários.
transplante autólogo, transplante de pele, preservação de tecido, controle de qualidade, refrigeração.
Imuno/Histo/Tecidos
Banco de Tecidos do Instituto Central do Hospital das Clínicas da FMUSP - São Paulo - Brasil
André Oliveira Paggiaro, Renata Oliveira Conceição, Eugênio Ferramundo Polo, Karina Martines, Cesar Isaac, Viviane Fernandes Carvalho, David Souza Gomez, Rolf Gemperli