A percepção dos enfermeiros intensivistas sobre o relacionamento com familiares no processo de doação de órgãos
Vários são os fatores que podem influenciar na decisão familiar para o consentimento de doação de órgãos de um paciente. Podemos citar desde o conhecimento de morte encefálica, desconhecimento das vontades do indivíduo em vida, acolhimento da família pela equipe hospitalar, entre outros. Diante disso, a maneira como o enfermeiro apóia, acolhe e assiste a família dentro do processo decisório de doação de órgãos são fatores determinantes no modo de enfrentamento e aceitação para tal procedimento.
Estudo qualitativo do tipo descritivo-exploratório a coleta de dados se deu a partir de entrevista semiestruturada em um hospital privado em São Paulo. A análise de conteúdo foi o referencial metodológico para análise de dados.
Após os passos preconizados emergiram seis categorias de análise, a saber: A pouca experiência profissional; A recusa familiar; às Ações vivenciadas no processo decisório para doação; os Desafios dos profissionais que vivenciam o processo decisório; As contribuições no processo de doação e por fim, a última categoria Necessidade de aprimoramento.
Identificou-se que a etariedade, a fé, o tempo para a tomada de decisão e a preocupação com a integridade do corpo do doador ainda são fatores que contribuem para a recusa familiar. Sendo que os enfermeiros intensivistas reconhecem suas funções dentro do processo sendo somente operacional, manutenção do corpo do doador e ao relacionamento com a família, porém ainda existe um número considerável de profissionais que se excluem desta responsabilidade. Assim, para que o relacionamento do enfermeiro com a família seja melhor estruturado há a necessidade de aprimoramento dos profissionais; adequações na grade curricular e a formação de uma cultura.
Doação de órgãos/Unidade de Terapia intensiva/Enfermagem
Enfermagem
Hospital Alemão Oswaldo Cruz - São Paulo - Brasil
Fabiana Ferreira De Oliveira, Margarida Feldkircher, Rodrigo Rodrigues Da Silva, Natal Cândido Martins Júnior, Ramon Moraes Penha