O papel do enfermeiro nas etapas do processo de captação hepática: relato de experiência
O enfermeiro inserido na equipe multidisciplinar de transplante necessita desenvolver competências essenciais à complexidade do cuidado para atuar na captação hepática. A motivação desse estudo é relatar experiências vivenciadas na captação do fígado como residente de um hospital de referência do Ceará.
A captação de órgãos pode ser dividida em oito etapas, a primeira a identificação do potencial doador, em morte encefálica. A segunda etapa é a notificação compulsória à Central de Notificação Captação e Distribuição de Órgãos e Tecidos (CNCDO) do doador em potencial. A terceira etapa descreve a avaliação do doador com base na história clínica, exames laboratoriais e sorológicos, na viabilidade dos órgãos, como também testa a compatibilidade com possíveis receptores. A quarta etapa é transmitir as informações do doador efetivo à Central de Transplantes (CT). Na quinta etapa, a CT emite uma lista de receptores inscritos, selecionados em seu cadastro técnico e compatíveis com o doador. A sexta etapa, a CT informa às equipes transplantadoras sobre a existência do doador e qual receptor foi selecionado. Na sétima etapa, as equipes fazem a extração dos órgãos no hospital da captação. Por fim, a oitava etapa o corpo é entregue à família.
O enfermeiro desempenha papel essencial no programa do transplante, uma vez que suas atividades potencializam o processo captação-transplante, no sentido de agilizar e não causar nenhum risco ao órgão doado.
Com prática assistencial do enfermeiro na equipe de captação foram reveladas as faces de um cuidado específico e necessário para o sucesso do transplante hepático.
Captação, enfermeiro e transplante.
Enfermagem
Universidade federal do Ceara - Ceará - Brasil
Cecilia Carla Barroso Calazans, Nathália Gonçalves de Oliveira, Pabyle Alves Flauzino, Darling Kescia Araújo Peixoto Braga, Leileane Costa Alves, Cynthia Lima Sampaio, Elenice Maia Pinheiro Araujo