Título

Barreiras à aderência ao tratamento imunossupressor no pós- transplante renal

Introdução

A identificação e abordagem das barreiras que interferem na aderência ao tratamento imunossupressor pode reduzir os desfechos desfavoráveis da não aderência (NA), como a redução da sobrevida do enxerto. O objetivo do estudo foi identificar barreiras encontradas pelos transplantados renais em seguir corretamente a tomada dos imunossupressores e se as mesmas estão associadas à NA.

Material e Método

Estudo transversal, com 60 transplantados renais, com mais de um ano pós TxR, avaliados de fevereiro a maio de 2015. Para identificar as barreiras foi utilizado o instrumento validado Escala de Barreiras na Aderência aos Medicamentos Imunossupressores (IMAB) e o diagnóstico de NA foi realizado pela triangulação de métodos (Escala BASEL para Avaliação da Aderência a Medicamentos Imunossupressores - BAASIS e opinião dos profissionais).

Resultados

55% dos pacientes eram masculinos com idade de 48,3 ±14,6 anos. 91,7% receberam o enxerto de doador vivo e o tempo médio pós transplante foi de 105,9±63,8 meses. 36,7% dos pacientes foram classificados como NA. As barreiras associadas com a NA foram: Esquecimento, como por ex. por estar ocupado ou ser final de semana (57,9% NA vs. 42,1% aderentes; p=0,02) e Dificuldades Fisiológicas como por ex. engolir o medicamento (55,0% NA vs. 45,0%; p=0,037). As barreiras por Desconhecimento, Dificuldades do Sistema de Saúde e Psicológicas não foram diferentes nos grupos.

Discussão e Conclusões

As barreiras associadas a NA nesta amostra são semelhantes ás descritas na literatura e passíveis de medidas preventivas, como o estímulo a lembretes e adequação das drogas do esquema terapêutico. A identificação das barreiras em cada população é fundamental para a proposta de estratégias específicas e redução dos efeitos deletérios da NA.

Palavras Chave

Transplante renal. Barreiras. Aderência ao tratamento. Enfermagem