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XV CONGRESSO BRASILEIRO DE TRANSPLANTES 2017

XV CONGRESSO BRASILEIRO DE TRANSPLANTES 2017

LOCAL: Bourbon Cataratas - Foz do Iguaçu/PR - FOZ DO IGUAÇU /PR | 18 a 21 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

Aumento de células reguladoras em pacientes transplantados renais apresentando anticorpos anti-HLA doador específicos

Introdução

Apesar de indicar maior risco, a presença e níveis de DSA não predizem a rejeição do enxerto e cerca de 50% de transplantados com DSA não rejeitam. Porém, o aumento dos níveis de DSA após o transplante está associado à rejeição mediada por anticorpos (RMA), enquanto que a diminuição é protetora. As células T e B reguladoras atuam no controle da resposta inflamatória e acreditamos que estão envolvidas na cinética do DSA pós-transplante.

Material e Método

Níveis de DSA foram analisados durante 2 anos pós-transplante por Single Antigen e as células Treg, Breg e memória foram analisadas aos 18 e 24 meses pós-transplante, por citometria de fluxo, em 60 pacientes: 31 (51,7%) PRA=0, 18 (30%) PRA>0 e sem DSA e 11 (18,3%) com DSA pré-transplante.

Resultados

Rejeição mediada por células (RMC) ocorreu em 14 (23,3%) pacientes e RMA ocorreu em 7 (11,7%). O grupo com ocorrência de rejeição teve maior porcentagem de células T de memória (39,8 vs 31,2; p=0,0279), Breg (6,92 vs 4,76; p = 0,0127) e Treg (4,41 vs 3,68; p=0,0433) aos 24 meses comparados aos sem rejeição. Pacientes com RMA apresentaram maior porcentagem de Breg e menor de células B de memória (12,90 vs 6,21, p=0,0341 e 8,12 vs 22,45, p=0,0098) comparados àqueles com RMC. Pacientes com DSA pós-transplante evoluíram com maior porcentagem de Breg (6,26 vs 4,06; p=0,0181) e menor de B memória (22,85 vs 29,80; p=0,0456) em relação aos sem DSA.

Discussão e Conclusões

Sugerimos que a rejeição aguda e o tratamento levaram ao aumento de células reguladoras circulantes com possível atividade no controle da rejeição, evitando a perda do enxerto. Também apontamos uma relação significativa entre a presença de DSA, mesmo na ausência de RMA, com evolução para um perfil imunoregulador de células B.

Palavras Chave

Anticorpos anti-HLA, céluas T, células B, rejeição aguda, transplante renal

Área

Imuno/Histo/Tecidos

Instituições

Universidade de São Paulo - São Paulo - Brasil

Autores

Gabriella Camerini Maciel, Maria Fernandes, Erick Acerb Barbosa, Helcio Rodrigues, Nicolas Panajotopolous, Fabiana Agena, Elias David-Neto, Verônica Coelho, Maria Cristina Ribeiro Castro