Ações de Biovigilância em um hospital transplantador de Joinville/SC.
Com a insuficiente oferta de órgãos para suprir a lista de espera para transplante se faz necessário implementar estratégias para minimizar perdas de enxerto através de implantação de medidas de monitoramento e controle de processos por meio da Biovigilância, um conjunto de ações de monitoramento e controle, desde a doação até a evolução clínica do receptor e do doador vivo, com a finalidade de obter informações relacionadas aos eventos adversos para prevenir a sua ocorrência ou recorrência.
A biovigilância na instituição em estudo é realizada pela CIHDOTT, Unidade de Transplantados, Comissão de Biovigilância e CCIH. Foram analisadas as notificações do ano de 2016 através das fichas de Biovigilância que são enviadas digitalmente à ANVISA logo após a apuração da notificação.
Em 2016 foram notificadas 6 ocorrências de Biovigilância, todos relacionados ao receptor. Observou-se um caso de hipotensão importante após o transplante, um de necrose do neoureter, um de ausência de fluxo sanguíneo no enxerto, um de dilatação da pelve renal, um de sangramento ativo na anastomose e um de recusa do transplante pelo receptor devido as más condições clínicas do doador falecido.
Das alterações encontradas, uma resultou no óbito do receptor hipotenso devido choque cardiogênico. O caso de sangramento na anastomose foi corrigido com reintervenção vascular. O caso de dilatação da pelve renal foi corrigida com cistorrafia. Os outros 2 casos resultaram em enxertectomia. Todos os casos são discutidos com os envolvidos com intuito de prevenir a recorrência. Ações de Biovigilância são fundamentais para diminuir a perda de órgãos e promover a qualidade de vida do transplantado. Diante disso, observou-se diminuição das ocorrências relacionadas ao transplante.
Biovigilância, Transplante, Iatrogenia
Coord. Tx / Ética
HOSPITAL MUNICIPAL SÃO JOSÉ - Santa Catarina - Brasil
Ivonei Bittencourt, Liliani Cristina Gonçalves Azevedo, Renata Lauret, Neide da Silva Knihs