Título

Prevalência de infecção de trato urinário no transplantado renal: um alerta para a equipe de enfermagem.

Introdução

A infecção de trato urinário (ITU) representa a infecção hospitalar mais comum, além de ser também a infecção mais prevalente no pós-transplante renal. Por esta razão, este estudo teve como objetivo: identificar a prevalência dos casos de ITU em pacientes submetidos ao transplante renal durante o primeiro mês após o procedimento cirúrgico.

Material e Método

Estudo quantitativo de coorte retrospectiva, realizado através da análise documental de 73 prontuários e do banco de dados laboratorial de um hospital universitário do Rio de Janeiro. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva simples. Foram incluídos na amostra pacientes cujos transplantes ocorreram entre janeiro de 2011 e dezembro de 2015, ambos os sexos e com sorologia negativa e positiva para hepatite B e C. Excluíram-se os pacientes em que o doador apresentava cultura positiva.

Resultados

Dos 73 pacientes avaliados, 34 (46,58%) apresentaram cultura de urina positiva no primeiro mês pós-transplante renal. Do grupo que teve cultura de urina positiva 22 (64,71%) eram do sexo feminino e 29 (85,30%) receberam o enxerto renal de doador falecido. O uso de cateter vesical de demora (CVD) foi superior a 5 dias em 18 (52,94%) pacientes.

Discussão e Conclusões

A prevalência de 46,58% de ITU assemelha-se aos dados da literatura que variam de 35 a 45% entre os pacientes hospitalizados. Além disso, o gênero feminino e o enxerto de doador falecido são variáveis descritas como significativas para a ocorrência da ITU. A educação continuada da equipe de enfermagem para manuseio correto da CVD é fundamental para prevenção da ocorrência de ITU e para prestação de um cuidado seguro ao paciente.

Palavras Chave

Transplante de rim; infecção; enfermagem em nefrologia