Título

Causas associadas à falência do enxerto renal em um hospital universitário do Rio de Janeiro.

Introdução

O transplante é considerado opção ideal para o doente renal crônico pois melhora a qualidade de vida e oferece expectativa de vida superior quando comparado à diálise. Compreender as causas associadas à perda do enxerto permite a adoção de estratégias de cuidado que possam contribuir para maior sobrevida do órgão recebido. Assim, este trabalho teve como objetivo: identificar as principais causas de perda da função do enxerto renal de pacientes adultos transplantados em um hospital universitário no Estado do Rio de Janeiro no período de janeiro de 2008 a dezembro de 2014.

Material e Método

Estudo de coorte retrospectivo, realizado por meio de análise documental dos prontuários de 49 pacientes, que evoluíram para falência do órgão transplantado no referido período. Para análise dos dados foi utilizada a estatística descritiva simples.

Resultados

As causas de perda do enxerto foram infecção com 36,7% dos casos, seguido da rejeição aguda com 34,8% das ocorrências, rejeição crônica com 26,5% e rejeição hiperaguda com 2%.

Discussão e Conclusões

A infecção pode ser considerada um fator de risco independente para perda do enxerto, sendo uma das principais complicações no pós-transplante renal. A equipe de saúde deve reforçar as barreiras que visam diminuir a chance de infecção, atentar para vigilância e manuseio de dispositivos invasivos, imunização pré-transplante, hábitos de higiene do indivíduo e adequação da imunossupressão. Além disso, a pactuação recorrente junto ao paciente deve ser realizada afim de estimular a adesão do indivíduo ao tratamento, reforçando a importância dos imunossupressores na prevenção dos episódios de rejeição.

Palavras Chave

Transplante Renal, Adesão ao Tratamento, Educação em Saúde