Título

Elastografia transitória na rejeição celular aguda após transplante hepático: revisão sistemática

Introdução

A elastografia transitória (ET) é uma técnica não invasiva que mede a rigidez do fígado. Quando um processo inflamatório está presente, isto é mostrado por níveis elevados de rigidez. A rejeição celular aguda (RCA) é diagnosticada através de biópsia hepática. Esta é uma revisão sistemática da viabilidade da ET em RCA após transplante de fígado.

Material e Método

As bases de dados da Biblioteca Cochrane, Embase e Medline-Pubmed foram pesquisadas e atualizadas até novembro de 2016. Os termos MESH utilizados foram Liver Transplantation, Graft Rejection, Elasticity Imaging Techniques (Pubmed) e Elastography (Cochrane and Embase).

Resultados

39 estudos prospectivos foram selecionados utilizando os critérios PICO. 33 pacientes com RCA foram avaliados com ET. Ponto de corte de >7,9 kPa para danos no enxerto (recidiva da doença subjacente, autoimune de novo, hepatite idiopática, NASH, RCA, colangite) e <5,3 kPa para excluir (ROC 0,93; p <0,001) . Níveis elevados de elastografia associados com RCA, porém sem ponto de corte sugerido para RCA. Outro, total de 27 pacientes com RCA na biópsia hepática, leve (N=8) e moderada/grave (N=19). Definidos pontos de corte: ET> 8,5 kPa RCA moderada/grave, Especificidade de 100% e curva ROC de 0,924. ET <4,2 kPa exclui a possibilidade de qualquer RCA (p=0,02). Regressão linear verificou valores de elastografia estão associados à gravidade da RCA (p <0,001).

Discussão e Conclusões

A ET pode ser uma ferramenta importante para a definição e classificação da gravidade da RCA em pacientes após transplante hepático. Ela diminui o número de biópsias hepáticas e torna o seguimento destes pacientes mais seguros. Outros estudos devem ser realizados para melhor definir os pontos de corte e aplicabilidade do exame.

Palavras Chave

Transplante de Fígado, Rejeição de Enxerto, Técnicas de Elasticidade por Imagem e Elastografia