Título

Diagnóstico de Morte Encefálica e Manutenção do Potencial Doador de Órgãos: A Visão de Médicos e Enfermeiros que Atuam na Terapia Intensiva

Introdução

A morte encefálica torna a manutenção do potencial doador de órgãos um cuidado complexo e desafiador para toda a equipe de saúde que integra o Centro de Terapia Intensiva. Sendo assim, este estudo objetivou compreender os aspectos éticos envolvidos no diagnóstico de morte encefálica e na manutenção do potencial doador na opinião de médicos e enfermeiros de um Centro de Terapia Intensiva.

Material e Método

Estudo qualitativo e descritivo que adotou como ferramenta para a coleta de dados as entrevistas semi-estruturadas, a partir de roteiro criado pelos autores do estudo, a fim de explorar os diferentes significados e experiências dos entrevistados.

Resultados

A compreensão do diagnóstico de morte encefálica como ferramenta de auxílio à tomada de decisões dá-se através de sua importância no que diz respeito à limitação de esforços terapêuticos. Apesar de reconhecerem a importância do diagnóstico, os profissionais relatam dificuldades em realizá-lo. O cuidado ao potencial doador por vezes é realizado de maneira arbitrária, indo ao sentido contrário daquilo atribuído pelos princípios éticos-jurídicos. Outrossim, nota-se a preocupação dos profissionais em realizar a manutenção dos potenciais doadores, como meio de assegurar vida para aqueles que aguardam pelo transplante.

Discussão e Conclusões

Observou-se a necessidade de maiores investimentos na educação em saúde dos profissionais sobre a definição de morte encefálica, sua correta identificação e confirmação e, também, a respeito da manutenção hemodinâmica deste indivíduo, para que seja possível realizar a identificação precoce do diagnóstico e melhoria da assistência de enfermagem, para que os enxertos doados tenham mais qualidade e garantam o sucesso do transplante.

Palavras Chave

Morte encefálica; Doação de Órgãos; CTI;