Título

Características Epidemiológicas dos pacientes com sepse em um hospital referência em transplante renal

Introdução

A sepse é um importante problema de saúde mundial, desde 2003 o “Surviving Sepsis Campaign” sugere protocolos para identificação precoce de sinais e sintomas. Diante disso faz-se necessário conhecer o perfil epidemiológico dos pacientes que foram incluídos no protocolo de sepse em um hospital de transplante renal, visando intervir precocemente.

Material e Método

Estudo transversal, descritivo e quantitativo incluiu pacientes atendidos no Pronto Atendimento (PA) e Unidade de Internação (UI) em um hospital de transplante renal, com o diagnóstico de sepse ou choque séptico no ano de 2016. Foram colhidos dados de acordo com Protocolo de Sepse do Instituto Latino Americano de Sepse.

Resultados

Em 2016 foram abertas 200 fichas de protocolo sepse categoria 3 (sepse grave e choque séptico). A média de idade foi de 53 anos, 61% do gênero masculino, as comorbidades foram imunossupressões 81,2%, seguida de 71,7% com insuficiência renal crônica. Em 98,9% a infecção comunitária foi mais comum. A sepse grave foi identificada em 83,9% dos pacientes seguida de 16,1% com choque séptico. O foco de infecção mais encontrado foi 33,6% de pneumonia e 26,1% como infecção do trato urinário (ITU). A mortalidade foi de 13,5% para os pacientes com sepse grave e 34,7% para os com choque séptico.

Discussão e Conclusões

Os resultados dessa pesquisa refletiu o perfil epidemiológico de pacientes em um hospital de transplante renal, evidenciou que a população mais suscetível foi a da meia idade, do gênero masculino e com comorbidades associadas. O foco de infecção mais encontrado foi pneumonia, sendo a causa de maior internação hospitalar, embora a infecção mais comum no pós-transplante seja a ITU. A mortalidade em comparação com dados brasileiros evidenciou taxas inferiores que corroboram com efetivas medidas terapêuticas da equipe multiprofissional.

Palavras Chave

SEPSE