O perfil epidemiológico dos pacientes transplantados renais com diagnóstico de perda do enxerto
A doença renal crônica (DRC) possui prevalência mundial estimada entre 8 a 16% e representa um crescente problema de saúde pública em todo o mundo. O estágio final da DRC é denominado insuficiência renal crônica terminal, isto é, se faz necessária uma terapia renal substitutiva para sobreviver. Neste caso, o transplante renal (TXR) entre vivos ou doador falecido é a escolha que indica maior sobrevida. Porém, um evento não esperado e que ocorre por vários fatores, é a perda do TXR, gerando a necessidade de diálise ou de um novo transplante. O objetivo do estudo foi identificar o perfil epidemiológico dos pacientes que perderam o enxerto renal.
Trata-se de um estudo transversal, descritivo e quantitativo. As análises estatísticas realizadas incluíram a frequência das seguintes variáveis: sexo, idade, etnia, escolaridade, estado civil, comorbidades, tempo de TXR e de perda. O estudo transcorreu com análise retrospectiva das perdas de enxerto no ano 2016.
População predominantemente de homens 47,15% com uma média de idade de 46,8% com desvio padrão (dp) de 13,27. A correlação entre tempo de enxerto com a etnia negra (média: 11 e dp 5,5), hepatite C (média 13,2 e dp: 5,1 ) e com TXR doador vivo (média 8,7 e dp 4,8) apresentou significância, p<0,05.
Entende-se que é relevante conhecer a população que sofre com a perda do enxerto, conhecer as variáveis e suas correlações, cooperando para o reconhecimento dos fatores que influenciam para perda do TXR.
PERDA DO ENXERTO, TRANSPLANTE RENAL
Rim
HOSPITAL DO RIM - São Paulo - Brasil
RENATA BORGES COSTA, GUSTAVO FERRARI MONTE, ANA CAROLINA SABINO, LETICIA MATTOS RODRIGUES SILVA, FREDERICO M COHRS, ROSALI ISABEL BARDUCHI OHL, JOSÉ MEDINA-PESTANA