Título

Caracterização dos pacientes transplantados renais admitidos em uma unidade de terapia intensiva

Introdução

O transplante renal é uma modalidade de tratamento da doença renal crônica. O sucesso da terapia depende de diversos fatores e da atuação da equipe multiprofissional, e as complicações muitas vezes levam à internação e necessidade de cuidados intensivos. Desta forma, é importante caracterizar os pacientes internados na unidade de terapia intensiva (UTI) provenientes da unidade de internação visando uma melhoria e assistência precoce no setor de origem. O objetivo do estudo foi identificar o perfil dos pacientes admitidos na UTI provenientes de unidades de internação em um hospital referência em transplante renal.

Material e Método

Trata-se de um estudo descritivo e retrospectivo, de abordagem quantitava, desenvolvido em um hospital referência em transplante renal na cidade de São Paulo. A amostra foi composta por pacientes que foram internados na UTI, provenientes de unidades de internação, no período de janeiro a junho de 2016.

Resultados

Foram registradas 336 internações, 107 pacientes fizeram parte da amostra, sendo 55,1% do sexo masculino, média de idade 53 anos. Desses, 80,4% eram transplantados de doador falecido e 19,6% de vivo, com tempo médio 4 anos e 3 meses de transplante, e média de 7 dias de internação. Os principais diagnósticos primários identificados se relacionam a alterações respiratórias (24,3%), carviovasculares (18,7%), sepse (16,8%), pós-operatório (12,1%), crise convulsiva (7,5%), parada cardiorespiratória (4,7%), dentre outros de menor frequência.

Discussão e Conclusões

Os pacientes transplantados de doador falecido apresentaram mais complicações, sendo a maior causa insuficiência respiratória aguda. Os dados apresentados oferecem conhecimento para otimizar os cuidados na unidade de internação visando diminuição de complicações que necessitem de cuidados intensivos.

Palavras Chave

TERAPIA INTENSIVA, COMPLICAÇÕES