Cirurgia Segura no Maior Centro de Transplante de Rim do Mundo
A OMS propôs a implementação do Check List de Cirurgia Segura (CLCS) em 2008, sendo este um grande desafio, este trabalho apresentará os resultados preliminares da implantação desta ação em um centro transplantador (tx) de rim.
Trata-se de um estudo prospectivo e restropectivo nos Txs renais com doadores vivos. Na fase prospectiva foram registrados todos os incidentes que ocorreram durante a aplicação do CLCS e na fase retrospectiva foi realizada uma auditoria dos registros nos 102 prontuários.
A média de idade dos receptores foi de 41, sendo 66% homens, e dos doadores 46, sendo 66% mulheres. A principal causa da Doença Renal Crônica que levou ao transplante foi HAS (33%). O CLCS é composto de 3 etapas, na fase prospectiva foram as ações corretivas: CHECK-IN: 19 documentos do prontuário; 11 compatibilidade ABO; 9 preparo do paciente; 7 demarcações do sítio cirúrgico; 5 reserva de sangue; TIME-OUT: 10 antibiótico profilático CHECK-OUT: 23 compressas e/ou instrumentais; 23 problemas em equipamentos. De forma geral, houve 49 identificações que foram corrigidas no momento do CLCS. Todos os itens foram corrigidos antes do procedimento cirúrgico.Já na auditoria retrospectiva, evidenciamos que 90% de conformidade no check-in; 98% time-out; 81% check-out.
Observamos como não conformidade de registro: 7% falhas na checagem da identificação, 9% reservas de sangue e 10% UTI, 9% antibiótico profilático, 4% demarcação da lateralidade, 9% retirada de próteses e adornos, 27% Identificação dos profissionais participantes.
Na análise geral foram auditados 3.758 itens, sendo 90% conforme. Neste período foram registrados 3 near miss.
Como resultado da implantação evidenciamos que o check list funciona como uma barreira efetiva para evitar danos aos paciente.
Cirurgia segura; transplant
Enfermagem
Hospital do Rim - São Paulo - Brasil
Talita Oliveira Alves, Luciana Carvalho Moura Tralli, Luciano Silva, Valéria Silvia Carvalho, Vladia Kaida