Título

Necessidade do Acompanhamento Nutricional no Pós Transplante Renal Tardio

Introdução

Fatores de risco tradicionais para doenças cardiovasculares são considerados fatores de risco antígeno-independentes para o desenvolvimento de disfunção crônica e perda do transplante renal (TxR). Estes fatores têm relação direta com o estilo de vida e, mais especificamente, com as escolhas alimentares desses pacientes. O objetivo do estudo foi avaliar a presença e o controle de alterações metabólicas e os parâmetros nutricionais em pacientes com TxR, para verificar a necessidade do acompanhamento nutricional.

Material e Método

Estudo transversal, com 76 pacientes, com mais de 1 ano pós TxR e que não estavam recebendo acompanhamento nutricional. Em atendimento nutricional foram avaliados: índice de massa corpórea, presença de diabetes, hipertensão arterial e dislipidemia e perfil alimentar.

Resultados

60,5% masculinos, idade 48,5+13,3 anos, sendo 18,4% idosos, com tempo pós TxR de 10,9+4,8 anos. 34,1% tinham de excesso de peso, sendo 7,9% da população, obesa. Observamos hipertensão em 73%, diabetes em 18,4%, hipercolesterolemia em 40,8% e hipertrigliceridemia em 48,7%. 57% dos diabéticos apresentaram valores elevados de glicemia de jejum, 53,3% dos hipercolesterolêmicos, elevação do LDLc e 67,4% daqueles com hipertrigliceridemia, aumento dos triglicerídeos plasmáticos. Com relação à alimentação observou-se baixo consumo de frutas, vegetais, cereais integrais e fibras além de elevado consumo de açúcar, óleo e temperos artificiais.

Discussão e Conclusões

A elevada frequência de comorbidades e perfil alimentar de risco reforçam importância da orientação dietética com acompanhamento nutricional desta população, para que seja possível traçar um plano de intervenção efetivo com redução dos efeitos em longo prazo.

Palavras Chave

Transplante renal, acompanhamento nutricional, obesidade, nutricionista.