Título

Percepção do adoecimento e adesão ao tratamento em adolescentes transplantados renais

Introdução

A marca registrada da adolescência é a transformação, tanto de aspectos físicos como psíquicos do sujeito. Além das crises naturais a esse período o adolescente com doença crônica enfrentará também a crise do adoecimento. Esse adoecer pode representar uma experiência traumática, pois interfere diretamente no desenvolvimento global desses pacientes. Nesse contexto, o transplante renal é visto como alternativa de melhora na qualidade de vida desses pacientes. O objetivo primário do estudo foi verificar a relação existente entre percepção sobre a doença e adesão à medicação imunossupressora entre adolescentes transplantados.

Material e Método

Estudo quantitativo, descritivo e transversal. Critérios de Inclusão: Pacientes com idades maiores de 12 e menores de 18, com mais de um ano de transplante renal. Os instrumentos utilizados foram: Questionário de Caracterização Sócio-demográfica, BAASIS e o Brief IPQ.

Resultados

Foram entrevistados 59 adolescentes. Destes 50,8% eram do sexo feminino, 54,2% cursavam o ensino médio,45, 6% eram transplantados há mais de quatro anos. 83,1% da amostra foi composta por doadores falecidos. 34 adolescentes pontuaram a escala BAASIS como apresentando boa adesão ao tratamento.

Discussão e Conclusões

A adesão é um processo comportamental complexo, fortemente influenciada pelo ambiente em que vivem os pacientes, pela maneira que os cuidados em saúde são prestados, e pelo próprio sistema de saúde. A adesão ao tratamento nessa fase do desenvolvimento é um desafio para as equipes de saúde. Os adolescentes demonstraram boa adesão aos imunossupressores. No entanto, por se tratar de um processo dinâmico, a adesão ao tratamento nessa população ainda é um grande desafio. Observa-se assim a necessidade constante de novas intervenções nesse grupo

Palavras Chave

Transplante pediátrico, adesão, percepção do adoecimento