Humanização no Processo de Doação de Órgãos
O processo de doação de órgãos envolve assistência aos potenciais doadores e a seus familiares. A humanização neste contexto requer o envolvimento dos profissionais que participam das diversas atividades envolvidas.
A recusa familiar representa um grande obstáculo à realização dos transplantes, pois o número de doadores é muito menor que a demanda de receptores em lista de espera, sendo também pontada como um dos grandes fatores responsáveis pela carência de órgãos e tecidos para transplante (Jacob, 1996).
Este artigo constitui-se de uma revisão da literatura.
Segundo Ferreira (1995), humanizar é “tornar-se humano”, “dar condição humana”, e “humanar”. Humanizar é um conceito que interliga, a outros aspectos, como acolhimento, respeito, comunicação, ética, bioética entre outros.
Na enfermagem humanização é algo que advém do olhar para o outro e cuidar desse com respeito, ética, responsabilidade o que significa, atender as necessidades tanto biológicas quanto emocionais.
Na doação de órgãos o familiar vive um choque, como também angústia e estresse. Além do falecimento e luto recente, a família é responsável pelo consentimento da doação de órgãos.
Trabalhar a humanização no contexto hospitalar da doação de órgãos e tecidos, é assistir a todos os envolvidos no processo considerando cada situação e contexto.
Conclui-se que o sistema de humanização realizado no processo de doação de órgãos apresenta dificuldades e requer aprimoramento, tendo um resultado positivo, pois uma família bem acolhida, preparada e instruída consegue autorizar a doação, sem dúvidas, diminuindo o sofrimento e aumento da autoestima, pois aquele ente querido que se foi, salvou várias vidas apenas com uma atitude final.
Humanização, Enfermagem, Família.
Multidisciplinar
Associação Beneficente São Francisco de Assis - Paraná - Brasil
Natalie Aparecida Ferreira da Silva, Érika Silva Covre Benevente