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XV CONGRESSO BRASILEIRO DE TRANSPLANTES 2017

XV CONGRESSO BRASILEIRO DE TRANSPLANTES 2017

LOCAL: Bourbon Cataratas - Foz do Iguaçu/PR - FOZ DO IGUAÇU /PR | 18 a 21 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

Tratamento de indução com Timoglobulina e sobrevida do enxerto em pacientes em diferentes riscos imunológicos transplantados com rins de doadores vivos e falecidos

Introdução

No transplante renal o tratamento de indução com timoglobulina tem sido amplamente usado para reduzir a rejeição aguda. Este estudo tem como objetivo avaliar prospectivamente pacientes transplantados em diferentes riscos de terem rejeição mediada por anticorpos (RMA).

Material e Método

Quatrocentos e quatro pacientes classificados de acordo com o risco imunológico nos grupos G1 (Baixo risco, PRA-SAB <10%); G2 (Médio risco, PRA-SAB >10< <50%, sem DSA); G3 (Alto risco, PRA ≥ 50%, com ou sem DSA) foram transplantados com rins de doadores vivos e falecidos no período de 2008 a 2014 no HUCM-MG. O tratamento de indução com Timoglobulina foi usado em todos pacientes do grupo G3 e nos re-transplantados. Todos os pacientes foram submetidos à avaliação clínica, imunológica e monitorados durante 60 meses após o transplante.

Resultados

Os pacientes induzidos do G3 apresentaram melhor função renal nos 12 e 36 meses de seguimento dos transplantes com rins de doadores vivos com mediana de creatinina de 1,23 mg/dL e 1,12 mg/dL, e nos com doadores falecidos foi de 1,49 mg/dL e 1,52mg/dL (valores p<0,05). Aos 60 meses as taxas de sobrevidas dos enxertos foram de 78,20% para os pacientes do G1, 80,85% para o G3 e 62,50% para o G2. Diferença estatisticamente significativa foi observada entre os grupos G1 e G2 (p = 0,015) indicando que o tratamento de indução no G3 foi eficaz na redução da RMA em relação ao G2

Discussão e Conclusões

Os pacientes do G3 tiveram melhor função renal em comparação com os do G2 e com efeito benéfico na evolução clínica em comparação com o G1. Os pacientes do G2 apresentaram menor taxa de sobrevida do enxerto, podendo ser atribuído ao tratamento de indução com Timoglobulina. Estes dados sugerem o uso do tratamento de indução para pacientes do G2 com risco médio de RMA

Palavras Chave

Taxa de Sobrevida, Indução, RMA

Área

Rim

Instituições

Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais - Minas Gerais - Brasil, Hospital Universitário Ciências Médicas - Minas Gerais - Brasil, IMUNOLAB Histocompatibilidade - Minas Gerais - Brasil

Autores

Marcus Faria Lasmar, Raquel Aparecida Fabreti-Oliveira, Bernardo Vilela, Barbara Costa Lemos, Evaldo Nascimento