Título

USO DE IMUNOSSUPRESSORES E A RELAÇÃO COM O CÂNCER DE PELE EM TRANSPLANTADOS DE ÓRGÃOS

Introdução

Imunossupressores são necessários para prolongar a vida dos enxertos nos transplantes de órgãos, porém têm sido citados como fator de risco para neoplasias, sendo câncer de pele o mais comum. Diante disto, o estudo objetiva apresentar uma revisão acerca da relação dos imunossupressores com o surgimento de câncer de pele em pacientes pós-transplantados.

Material e Método

Revisão de literatura, com busca no portal da CAPES cruzando-se os descritores “immunosuppression”, “organ transplantation” e “skin cancer”, obtendo-se 48 artigos. Após análise dos critérios de inclusão: artigos na íntegra, publicados nos últimos 8 anos, em língua portuguesa ou inglesa, foram selecionados 13 estudos.

Resultados

Pode-se inferir que 76,9% dos artigos consideraram a imunossupressão como fator de risco para câncer de pele. Os imunossupressores que levaram a maior incidência foram: ciclosporina (38,4%), combinação de azatioprina, ciclosporina e corticosteroides (23%), alguns inibidores da calcineurina (15,3%) e azatioprina (7,6%). Alguns artigos também consideram a possibilidade do uso de imunossupressão para redução de células cancerígenas (23%).

Discussão e Conclusões

Alguns fármacos imunossupressores podem favorecer o desenvolvimento de tumores através da diminuição da vigilância imunológica e da defesa antitumoral, além dos efeitos oncogênicos diretos. Entretanto, estudos (4) apontam que o Sirolimus pode ter efeitos anticarcinogênicos, estando associado à menor incidência de malignidade pós-transplante. Apesar de vários artigos relatarem o uso de imunossupressores como fator de risco para câncer de pele, alguns autores não conseguiram comprovar essa relação, havendo necessidade de mais estudos sobre a temática.

Palavras Chave

immunosuppression, organ transplantation, skin cancer.