Título

Análise dos motivos de recusas para doação de órgãos na OPO de Botucatu (SP) no primeiro trimestre de 2016 e 2017. Modificação das estratégias para melhorias do cenário.

Introdução

Inúmeros fatores são apontados como causas da não efetivação da doação de órgãos, porém a entrevista familiar é a principal etapa para dar continuidade ao processo de doação. Conforme a lei nº 10.211 de 23 de março de 2001 a doação de órgãos é autorizada apenas pelos familiares e responsáveis legais pelos possíveis doadores. Estabelecer acolhimento adequado para os mesmos propicia diminuição das recusas para a doação de órgãos.
O objetivo desse estudo é comparar os motivos das recusas familiares no mesmo período em anos distintos e avaliar a efetividade das estratégias implantadas.

Material e Método

O estudo foi realizado na Organização de Procura de Órgãos (OPO) de Botucatu (SP). Os dados foram colhidos das fichas de entrevistas com os familiares de potenciais doadores de órgãos, realizadas de janeiro a março de 2016 e 2017.

Resultados

No primeiro trimestre de 2016 foram realizadas sete entrevistas familiares, das quais seis resultaram em recusas (86%) e apenas um aceite para doação de órgãos (14,3%). Já em 2017, no mesmo período foram realizadas onze entrevistas, sendo que oito famílias aceitaram a doação (73%).

Discussão e Conclusões

Houve melhora significativa na aceitação das doações, e isso pode ser atribuído às melhorias em relação à divulgação do assunto para a população em geral. As estratégias incluíram parcerias e palestras em empresas da cidade de Botucatu- SP e região, distribuição de materiais impressos, divulgação em sites e entrevistas para a imprensa local. Os funcionários da OPO também passaram por treinamentos, visando melhorar a comunicação de más notícias.
As estratégias de melhorias foram consideradas efetivas no primeiro trimestre de 2017, demonstrando a diminuição no número de recusas de doação de órgãos.

Palavras Chave

Estratégias; Acolhimento; Membros da família.