Título

A gravidez no Pós-Transplante Hepático

Introdução

Transplante hepático é um procedimento cirúrgico que substitui o órgão doente por um fígado saudável, resgatando vários aspectos que englobam o amplo conceito de qualidade de vida, incluindo a recuperação da atividade sexual e reprodutiva. Objetivou-se identificar os riscos maternos e fetais associados à gravidez em pacientes submetidos ao transplante hepático com base na literatura.

Material e Método

Estudo de revisão integrativa, nas bases de dados LILACS e MEDLINE. Foram utilizados os descritores: liver transplantation e pregnancy. Utilizou-se como critérios de inclusão: artigos em português, inglês e espanhol, publicados no período de 2010 a 2016, disponíveis e em consonância com o tema. Encontrou-se 273, destes 12 artigos foram incluídos no estudo.

Resultados

Foram constatados alguns eventos frequentes como o aparecimento da hipertensão, com taxas variando de 2% a 43%. A taxa de pré-eclâmpsia estão entre 2% e 22%. As taxas relatadas de Diabetes Mellitus Gestacional variaram amplamente até 37,5%. As mortes fetais podem ocorrer, com taxas aumentadas de abortos espontâneos (4,9% a 19%). O baixo peso ao nascer (<2500 g) também é uma complicação, com taxas variando de 4,8% a 57%.

Discussão e Conclusões

O manejo da gravidez de pacientes transplantadas hepáticas é complexo. Embora a gravidez seja possível após alguns meses, é aconselhável que as mulheres esperem ao menos um ano após o transplante para engravidar, considerando a necessidade de diminuição da dose imunossupressora para redução de riscos maternos e fetais. A gravidez pós-transplante hepático deve ser bem conduzida pela equipe multidisciplinar, considerando os imunossupressores adotados, riscos fetais e possíveis complicações obstétricas, a fim de resguardar o bem-estar de mãe e filho.

Palavras Chave

Gravidez , Transplante de Fígado