Título

Ambulatório de Transplante Hepático em Rondônia: Experiência de avaliação pré e pós operatória

Introdução

Rondônia ainda não realiza transplante hepático. No entanto, desde setembro de 2013, oferece ambulatório para avaliação pré e pós transplantes, realizados em centro transplantador de São Paulo. O presente estudo visa delinear o perfil clínico e demográfico desses pacientes.

Material e Método

Estudo retrospectivo, a partir de registros do ambulatório de transplante hepático no período entre maio/2015 e fevereiro/2017.

Resultados

Dos 287 registros analisados, 50 foram excluídos por não atender aos critérios do estudo. Dentre os 237 restantes, 70,04%(n=166) são masculinos. As principais indicações de transplante foram cirrose por VHC (19,83%% n=49), VHB (17,40% n=43) e álcool (10,52% n=26). No período, foram incluídos 57 (24,05% n=57) pacientes em lista de espera de São Paulo. Entre esses, foram realizados 13 transplantes. A média global do MELD foi de 14,29 (n=144). Por outro lado, a média do MELD dos pacientes em lista (n=56) foi 18,58, sendo que apenas 4,16% (n=6/144) apresentaram MELD>25. Dentre os pacientes em lista, 12,28% (n=7/56) faleceram antes do transplante, enquanto 11,66% (n=21/180) faleceram antes de serem listados. Entre os transplantados no período, 7,69% (n=1/13) foram a óbito no seguimento.

Discussão e Conclusões

Comparando-se os resultados com um estudo semelhante realizado quando se iniciou o serviço neste mesmo ambulatório, observou-se que o perfil epidemiológico, as indicações de transplante e a média de MELD mantiveram-se no mesmo padrão. Também se manteve baixa a mortalidade em lista (12,28%), que pode estar relacionada ao curto tempo de seguimento e a algum viés de encaminhamento ao ambulatório, que pode receber aqueles em melhores condições. Excluindo isso, os dados obtidos são semelhantes àqueles encontrados nacionalmente, embora Rondônia não seja um Estado com tradição em transplantes.

Palavras Chave

fígado