TRANSPLANTE DE CÓRNEA EM RONDÔNIA: RESULTADOS DOS PRIMEIROS TRÊS ANOS DE FUNCIONAMENTO DO SERVIÇO
Em 2014, Rondônia reiniciou os transplantes de córnea, mas somente em 2016 o Banco de Olhos do estado foi inaugurado. O objetivo do estudo é descrever o perfil epidemiológico do transplante de córnea e a importância do banco de olhos. M: Estudo descritivo, observacional, retrospectivo de registros de pacientes cadastrados no serviço de transplante de córnea em Rondônia (2014-2017).
Estudo descritivo, observacional, retrospectivo de registros de pacientes cadastrados no serviço de transplante de córnea em Rondônia (2014-2017).
Foram avaliados 206 prontuários. Homens representaram 65% (n=124). A fila de espera atual tem 105 pacientes. Ocorreram 12 transplantes em 2014, 29 em 2015 e 32 em 2016. As principais indicações para transplante foram leucoma em 28%(n=58), ceratite intersticial em 23 % (n=48), falência secundária 14% (n=29) e ceratocone em 9,7% (n=20). Foram descartadas, no período, 48,7% (n=77) das córneas doadas. 70,1% (n=54) dos descartes são por conta da sorologia positiva (AntiHBs/AntiHBc/HBSag + em 92,6%-n=50/54).
Rondônia tem aumentado o número de transplantes de córnea lenta e progressivamente. A principal patologia oftalmológica que indicou o transplante foi o leucoma, que ficou à frente de doenças como ceratocone, principal causa no país. A instalação do Banco de Olhos poderá acelerar esse processo visto que melhora a logística de processamento e armazenamento das córneas e pode contribuir para conscientizar profissionais de saúde e a população geral sobre o assunto.
córnea
banco de olhos
rondônia
Imuno/Histo/Tecidos
UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA - Rondônia - Brasil
Luã Souza Cunha, Diego Henrique Gomes Sobrinho, Gabrieli Marques Souza Silva, Laila Gabriely Souza Mota, Ana Caroline Santana Costa, Maria Ivonete Tamboril, Alessandro Prudente