Título

Tempo de Liberação da Prova Cruzada com Doadores Falecidos em um Hospital de Transplantes de Porto Alegre

Introdução

Entre os diversos problemas hoje encontrados na rotina dos transplantes renais com doador falecido, o tempo de isquemia fria chama a atenção de quem participa do processo, na linha de frente ou na retaguarda do laboratório. Considerando que o mesmo está diretamente influenciado pelo tempo da prova cruzada (PC) pré transplante, medir e avaliar o tempo de liberação deste teste laboratorial é um indicador de extrema importância clínica para a sobrevida do enxerto e dos pacientes. Assim sendo, o objetivo do estudo foi elaborar um indicador de tempo de liberação da PC entre doadores falecidos e possíveis receptores. Estabelecendo uma meta para este indicador de gestão.

Material e Método

Análise retrospectiva de registros de doadores falecidos, existentes no Laboratório de Imunologia de Transplantes da Santa Casa de Porto Alegre, no período de outubro de 2013 a maio de 2016, elaborando um banco de dados com variáveis qualitativas e quantitativas para categorização das mesmas.

Resultados

Foram realizadas 915 PC, das quais, 566 (61,86%) apresentaram dados completos e assim foram incluídas no estudo. Destes, 347 (61,31%) doadores foram provenientes do estado do RS, enquanto que 219 (38,69%) eram de origem nacional. Analisando o número de PCs realizadas neste período e o tempo de duração de cada uma, foi encontrada uma média de tempo de 4 horas por PC realizada.

Discussão e Conclusões

O Indicador possibilitará ao gestor e a equipe verificar se o transplante será realizado com um menor tempo de isquemia fria e ainda, monitorar o desempenho de seu processo, avaliando e identificando pontos fracos e fortes, oportunidades de melhoria, desenvolvendo estratégias para o crescimento e práticas eficazes no progresso do resultado operacional do Laboratório.

Palavras Chave

Indicadores Assitenciais, Imunologia de Transplantes, Prova cruzada