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XV CONGRESSO BRASILEIRO DE TRANSPLANTES 2017

XV CONGRESSO BRASILEIRO DE TRANSPLANTES 2017

LOCAL: Bourbon Cataratas - Foz do Iguaçu/PR - FOZ DO IGUAÇU /PR | 18 a 21 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

INFECÇÃO DE CORRENTE SANGUÍNEA APÓS TRANSPLANTE HEPÁTICO: FATORES ASSOCIADOS À MORTALIDADE

Introdução

A infecção de corrente sanguínea (ICS) é uma complicação frequente após transplante de órgãos sólidos, podendo associar-se a elevada taxa de mortalidade e maior risco de disfunção do enxerto. Dados sobre fatores prognósticos de receptores de transplante hepático (TH) que desenvolvem ICS são limitados. O objetivo deste estudo foi analisar os fatores preditivos de mortalidade associada à ICS em receptores de TH

Material e Método

Coorte retrospectiva, incluindo pacientes submetidos a transplante hepático entre janeiro de 1998 a maio de 2014. O desfecho primário foi o óbito associado ao primeiro episódio de ICS. A análise dos fatores de risco empregou o método de Cox.

Resultados

Trezentos e setenta e sete pacientes foram submetidos a transplante hepático. Houve 162 episódios de ICS em 103 (27%) pacientes. Destes, 61 (59,2%) eram do sexo masculino e a mediana de idade foi de 52 anos. A principal doença de base foi cirrose por hepatite C (n=60; 58,3%). A mediana do MELD da população do estudo foi de 16. O tempo mediano para a ocorrência de ICS foi de 16 dias. Foram isolados 109 micro-organismos (6 infecções polimicrobianas). Predominaram bacilos Gram-negativos (n=77; 71%). Houve 8 episódios de candidemia. O óbito associado à ICS foi observado em 26 (25,2%) pacientes. Na análise multivariada, os fatores de risco associados ao desfecho foram: o escore de gravidade de Pitt (HR: 1,38; IC95%: 1,13 - 1,69), bilirrubina sérica (HR: 1,06; IC95%: 1,02 – 1,09) e o logaritmo do INR (HR: 2,54; IC95%: 1,04 – 6,23).

Discussão e Conclusões

Houve alta incidência de ICS nesta coorte, causada principalmente por Gram-negativos. A mortalidade associada à ICS foi elevada, sendo predita por indicadores basais de gravidade como o escore de Pitt, o nível sérico de bilirrubina e o INR.

Palavras Chave

infecção de corrente sanguínea; transplante hepático; prognóstico

Área

Infecção

Instituições

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO - Rio de Janeiro - Brasil

Autores

ISABELLA BARBOSA CLEINMAN, SAMANTA TEIXEIRA BASTO, ERIKA FERRAZ GOUVÊA, MÁRCIA HALPERN, IANICK SOUTO MARTINS, GUILHERME SANTORO LOPES