Título

A EXPERIMENTAÇÃO ESTÉTICA NO PROCESSO DE AUTOCONHECIMENTO DOS COORDENADORES DE TRANSPLANTES: UMA POSSIBILIDADE PARA EDUCAÇÃO EMOCIONAL EM SITUAÇÕES DIFÍCEIS

Introdução

Objetivou-se suscitar as sensações dos coordenadores por meio do sentido do tato e buscou-se sobrelevar seus elementos do inconsciente em relação a entrevista familiar, estimulando seu processo de autoconhecimento.

Material e Método

Utilizou-se a Sociopoética. Foram utilizadas 10 caixas pretas de pequeno porte, com buracos semi- abertos na parte superior, que continham diferentes elementos dentro de cada uma delas e que foram dispostas encima de uma mesa. No primeiro momento, os participantes responderam “O que você espera na entrevista familiar? ”. Após isso, tocaram o interior de cada caixa, prestando atenção às sensações que cada um elemento estava lhes provocando. A seguir, lhes foi solicitado associarem as sensações às respostas, para responderem “O que você enfrenta na realidade na entrevista familiar?”.

Resultados

Emergiram as associações inconscientes: algodão= família doce, leve e fácil; vazio= o chegar e não encontrar a família, vazio do familiar diante da morte; lixa= a família áspera, difícil e complexa; relógio= o automatismo que é o horário do protocolo, pressa; massa de modelar= o “moldar” a família para absorver informações e a massa de modelar relacionada com o entrevistador como se este se moldasse (sua ação) conforme a reação da família.

Discussão e Conclusões

Os elementos dispostos nas caixas quando associados as emoções e situações difíceis vivenciadas, auxiliaram os coordenadores na compreensão mais palpável daquilo que enfrentam nas entrevistas. Ao se identificar a experimentação estética como meio potencializador do autoconhecimento, abre-se a possibilidade de promover a educação emocional dos coordenadores para lhes ajudar no lidar com situações difíceis, dirimindo injúrias a saúde mental destes profissionais.

Palavras Chave

emoções, doação de órgãos, enfermagem psiquiátrica