Vivência e conhecimento de enfermeiros sobre diagnósticos e cuidados de enfermagem ao potencial doador de órgãos em morte encefálica
O processo de doação de órgãos e tecidos é denominado como uma prática complexa e desafiadora, que exige dos profissionais de saúde conhecimentos específicos e constante capacitação, a fim de garantir a efetivação do transplante de órgãos. O enfermeiro é o profissional mais atuante em todo o processo, sendo responsável por garantir a eficácia dos cuidados prestados na manutenção do potencial doador. Torna-se então, necessário avaliar a efetividade do processo de enfermagem na viabilização do potencial doador. Portanto, objetivou-se analisar o conhecimento dos enfermeiros de unidades de terapia intensiva, sobre a aplicação do processo de enfermagem ao paciente em morte encefálica como potenciais doadores e identificar os diagnósticos e cuidados de enfermagem para tais pacientes.
Trata-se de um estudo do tipo descritivo e exploratório, com abordagem qualitativa e quantitativa, desenvolvido em duas unidades de terapia intensiva de um hospital geral referência em transplantes em Natal/RN. Os discursos foram processados pelo software IRAMUTEQ e discutidos através da análise de similitude.
O estudo teve a participação de dez enfermeiros e com os resultados da análise geral de coocorrência das palavras foi possível identificar três eixos de análise: eixo 1 - experiência profissional no processo do cuidado ao paciente em morte encefálica; eixo 2 - implicações na utilização da sistematização da assistência de enfermagem ao potencial doador de órgãos; eixo 3 - assistência de enfermagem na manutenção do paciente em morte encefálica.
Foi possível identificar que o uso de um plano de cuidados direcionados ao potencial doador pode efetivar a assistência de enfermagem e aumentar a chances de viabilização dos órgãos.
Morte encefálica. Processo de Enfermagem. Transplante de órgãos.
Enfermagem
Universidade Federal de São Paulo - São Paulo - Brasil
Bruna Araújo Ferreira, Alcides Viana Lima Neto