Título

Perfil das recusas de captação in loco de coração adulto num centro transplantador do estado de São Paulo entre 2015 e 2016

Introdução

O transplante cardíaco é a escolha para a insuficiência cardíaca refratária, apesar da grande melhora na expectativa de vida com o tratamento clínico. O ecocardiograma tem sido de grande valia no auxílio da avaliação e aproveitamento dos corações disponibilizados pelo sistema

Material e Método

Estudo retrospectivo, utilizando as notificações efetivas enviadas pela Central de Notificação, Captação e Distribuição de do Município de São Paulo

Resultados

Entre os anos 2015 e 2016, houve 86 transplantes cardíacos adultos, e um total de 26 recusas. Em 2015, a morte encefálica como trauma cranioencefálico (50%), sexo masculino (71,4%), idade 27,8 anos, etilistas (57,1%), hipertensos (71,4%), tabagistas (71,4%) e 2% faziam uso de drogas ilícitas, norepinefrina em 85,7%, creatinina 1,27mg/dL e o sódio 158mEq/L. O ecocardiograma não foi realizado em 85,71% dos casos. No ano de 2016 a causa da morte encefálica como trauma cranioencefálico (58,3%), sexo masculino (92,8%), idade 33,4 anos, etilistas (75%), hipertensos (83,3%), tabagistas (58,3%) e 2% faziam uso de drogas ilícitas, norepinefrina esteve presente em 85,7%, creatinina 1,29mg/dL e o sódio 152mEq/L. O ecocardiograma não foi realizado em 83,3% dos casos. Os motivos para recusas in loco em ambos os anos foram: disfunções ventriculares, alteração anatômica, instabilidade hemodinâmica, doença arterial crônica, calcificação de coronária e dilatação de átrio direito

Discussão e Conclusões

Em 2015, os doadores eram menos limítrofes, com 14 recusas e 42 transplantes. Em 2016, houve um aumento no perfil limítrofe, doadores com mais idade, hipertensos, uso de drogas ilícitas, etilistas e com função renal alterada, mas índice recusas menores, totalizando 12 recusas e 44 transplantes ativos. As recusas ocorreram, após avaliação do órgão no centro cirúrgico.

Palavras Chave

Coração, recusas orgãos