ANÁLISE DO USO DO CELLSAVER E MORTALIDADE NO TRANSPLANTE HEPÁTICO
O transplante de fígado é o tratamento de eleição na falência hepática aguda ou crônica, é um procedimento complexo e com risco elevado de sangramento. Transfusões de sangue e hemoderivados apresentam complicações relacionadas à infecção por vírus, bactérias e protozoários. O CellSaver é um mecanismo de transfusão autóloga na qual o sangue perdido durante o procedimento é coletado, processado e reinfundido. Dessa forma, é possível diminuir o uso de transfusão de hemoderivados. O objetivo desse estudo é avaliar a mortalidade em relação ao número de unidades de hemácias lavadas e recuperadas pelo CellSaver.
Análise retrospectiva de Julho de 2014 a fevereiro de 2017.
Resultados: Foram realizados 56 transplantes de fígado, sendo o diagnóstico prevalente a Cirrose hepática pelo Vírus da hepatite C (37,5%), desses 45 (80,4%) transplantados utilizaram o CellSaver, no qual possuíam um MELD mediano puro de 24,5 (variação 7-50). Levando-se em conta a utilização do CellSaver, em unidades de hemácias lavadas e recuperadas, nota-se uma mediana de 4 (variação 1 - 45) entre todos os pacientes. Sobrevida de 33 pacientes (73,3%), destes, a utilização do CellSaver, em unidades de hemácias lavadas e recuperadas, teve uma mediana de 4 (variação 2 - 19). Doze doentes foram à óbito (26,7%), desses o MELD mediano foi de 25,5 (variação 1-50) e a utilização de hemácias lavadas e recuperadas apresentou uma mediana de 4,5 (variação 2 - 45).
Conclusão: Os pacientes que morreram utilizaram uma quantidade semelhante de unidades de hemácias lavadas e recuperadas. O Cell Saver é uma boa ferramenta para o cirrótico, não tendo relação com a mortalidade em nossa casuística.
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Fígado
Hospital da Beneficência Portuguesa de São Paulo - São Paulo - Brasil
Andre Ibrahim David, Catiana Mitica Gritti, André Gustavo Santos Pereira, Tiago Emanuel De Souza, Felipe Sbrolini Borges, Angela Caputi, Arnaldo Bernal Filho, Gilberto Peron Junior, Jorge Marcelo Padilla Mancero