Título

Preservação hepática para transplante – Análise da experiência de um estudo comparativo brasileiro entre as soluções de preservação HTK e SPS-1UW

Introdução

O desafio em reduzir morbidade e mortalidade no transplante hepático tem relaçãodireta com a preservação do enxerto. Não há, no Brasil, nenhum estudo comparativo entre a solução Histidina-triptofano-cetoglutarato (HTK) e a solução da Universidade de Wisconsin(SPS-1).

Material e Método

Trata-se de um estudo retrospectivo, incluindo 90 pacientes transplantados de fígado no período de Janeiro de 2014 a Julho de 2016. Em 64 pacientes foi utilizada a solução SPS (71%) e em 26 HTK (29%). Variáveis contínuas foram analisadas pelo teste U de Mann Whitney e teste da Mediana, e as frequências pelo teste Qui-quadrado.

Resultados

Os dados dos doadores foram semelhantes entre os dois grupos, assim como os dados demográficos do receptores. Foi vista uma diferença da distribuição do MELD Corrigido entre os grupos (SPS= 24(13-48) ; HTK=20,5(15-32) com p=0,009). O grupo SPS apresentou maior tempo de internamento, com média de 17,7 dias e HTK com 13,9 dias (p=0,049). Não tivemos significância estatística para complicações biliares, com IC=95% (SPS=23,4% ; HTK=7,7% com p=0,084). Dentre as complicações vasculares, a incidência foi de 17% no grupo UW e 11,5% no HTK, com p=0,503. Não houve diferença significativa entre SPS e HTK quando a sobrevida do enxerto em 30 dias e a necessidade de retransplante.

Discussão e Conclusões

Há muita discussão na literatura acerca das soluções de preservação no transplante e possíveis complicações associadas a preservação. Ao encontro da literatura internacional, este estudo mostra que não há diferença significativa em termos de complicações, incidência de retransplante ou mortalidade entre os dois grupos. A solução HTK se mostrou segura e equivalente a SPS-1, para uso no transplante hepático nas condições estudadas.

Palavras Chave

TRANSPLANTE HEPATICO,PRESERVAÇÃO, COMPLICAÇÕES

Área

Fígado