Eosinofília após transplante hepático e disfunção do enxerto
A eosinofília foi associada a rejeição celular aguda e a disfunção crónica do enxerto (DRE) em doentes submetidos a transplante hepático (TRH). Avaliar a relação entre a disfunção aguda do enxerto (DAE) ou DRE e alterações das células imunes no sangue periférico em doentes submetidos a TRH com e sem eosinofilia (Eo).
59 crianças( 9,4 +- 5,3A),divididas em 4 grupos:
Grupo 1:sem Eo (n=41):1a: com DAE ou DRE (n= 8/n=5);1b: sem DAE ou DRE (n= 33/n=36)
Grupo 2:com Eo (n=18):2a: com DAE ou DRE (n= 4/n=6);2b: sem DAE ou DRE (n= 14/n=12)
Avaliados CD123, CD33, CD15, CD16, CD14, HLA-DR e IgE ligada ao recetor de alta afinidade em monócitos, basófilos, neutrófilos, eosinófilos e células dendríticas; caracterização dos componentes da população de células B (naive, de transição, memória e plasmoblasto);quantificação de células T produtoras de TNF-α, IFN IL-2, IL-6, IL-9 e IL-17, células γδ T e NK produtoras de TNF-α, IFN
Doentes com Eo e DAE: aumento de plasmoblastos IgM+ e de T CD8+ (p=0,037); Doentes com Eo e sem DRE: aumento da expressão HLA-DR nos monócitos intermediários e não-clássicos (p=0,049 e p=0,031) e expressão de CD15 nos monócitos clássicos (p=0,015). Doentes sem Eo com DAE: sem alterações significativas. Doentes sem Eo com DRE: aumento da expressão de CD15 nos monócitos clássicos (p=0,046), da frequência de células B (p=0,044) e de células B de memória CD27+ (p=0,021). As alterações associaram-se a diminuição de células IgG+ (p=0,026) e aumento nas células IgM+ (p=0,023). Sem diferenças nos compartimentos funcionais de células T.
Registaram-se alterações nas células B de memória IgM+ nos pacientes sem Eo e DRE e nos plasmoblastos IgM+ nos pacientes com Eo e DAE, que podem constituir marcadores periféricos para a monitorização da função do enxerto.
rejeição, eosinófilos
Fígado
CHUC - - Portugal
Ana Silva, Catarina Maia, Isabel Silva, Susana Pedreiro, Sandra Ferreira, Cristina Gonçalves, Susana Nobre, Isabel Gonçalves, Emanuel Furtado, Artur Paiva