Título

Notificações de morte encefálica e Doações de Órgãos e Tecidos para Transplantes em hospital Ensino do Noroeste do Paraná

Introdução

O transplante de órgãos é o melhor tratamento para o estágio final de algumas doenças, porém a disponibilidade dos órgãos ainda é menor do que a demanda, se configurando num dos principais obstáculos, a nível mundial.

Material e Método

Estudo descritivo, retrospectivo, transversal, realizado por meio de análise de relatórios de óbitos por morte encefálica em Hospital Ensino no Noroeste do Paraná elaborados pela Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT), no período de janeiro de 2011 a dezembro de 2016

Resultados

Foram notificados 92 casos de ME, 41 no setor de Pronto Atendimento (PA); 34 na Unidade de Terapia Intensiva Adulto (UTI-A); e 15 na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTI-PED). Em 06 casos de ME, houve PCR (6,5%). Foram registradas 29 (31,5%) de doações, distribuídas no PA (17 doações/43%), seguido pelo setor de UTI-PED, com 4 casos (30,0%) e UTI-A (8 doações/27%). As principais causas de não doação foram: recusa familiar (43%); fora da faixa etária para doação (14%); diagnóstico de sepse (13%); sem condições clínicas (11%); causa do óbito indefinida (8%); sorologia positiva (6%); ausência de familiares para autorização da doação, diagnóstico de neoplasia e presença de outras condições impeditivas, registram um caso (2%), cada. Excetuando-se os casos de PCR, 40% dos pacientes eram inelegíveis para doação; 34% doaram órgãos e tecidos para transplantes e a taxa de recusa familiar atingiu os 48%.

Discussão e Conclusões

A identificação dos casos de ME que evoluem para PCR e o levantamento das principais causas de não doação podem auxiliar na implementação de medidas de manutenção do potencial doador, além de direcionar a atuação das comissões e da equipe interdisciplinar visando aumentar as taxas de doações.

Palavras Chave

Doação de órgãos, Morte encefálica, Potencial doador