Título

FATORES QUE DETERMINAM A RECUSA FAMILIAR DIANTE DE UM POTENCIAL DOADOR DE ÓRGÃOS

Introdução

Os transplantes de órgãos no Brasil se destaca pelo crescimento nos últimos anos, entretanto a escassez de órgãos para transplante tem ocasionado preocupação, sendo que a recusa familiar é apontada como um dos fatores limitantes para suprir a crescente demanda do número de transplantes. Objetiva-se analisar a recusa familiar diante de um potencial doador de órgãos e identificar os motivos.

Material e Método

Estudo documental, realizado na Organização de Procura de Órgãos (OPO), localizada na região do Cariri, estado do Ceará. Foram analisados os prontuários dos pacientes dos anos de 2015 e 2016. A coleta de dados aconteceu por meio de um formulário,e os resultados descritos em termos de frequência simples e percentual. Na pesquisa foram preservados os aspectos éticos e legais, sob o parecer de número 1.397.157.

Resultados

Nos anos citados foram abertos pela OPO-Cariri 177 protocolos de morte encefálica, dos quais 55 (31,1%) permaneceram como potenciais doadores, não havendo assim a doação efetiva; destes, 30 pacientes (54,5%) não tornaram-se efetivos devido a negativa familiar. Das famílias abordadas, 30% dos familiares não eram favoráveis a doação; 23,3% devido a manifestação do doador em vida contrário a doação; 10% pelo tempo longo do processo; 6,7% por conflito familiar, atendimento hospitalar prévio insatisfatório, não compreensão do diagnóstico, e não informado; 3, 3% por não aceitação do diagnóstico, convicção religiosa, e devido o familiar não acreditar no sistema de doação.

Discussão e Conclusões

Considerando que a doação depende da autorização familiar, mesmo com taxas de recusa consideradas aceitáveis, há necessidade de campanhas de conscientização, incentivando a população a manifestar seu desejo em doar e discutir com a sua a família a decisão tomada.

Palavras Chave

Potencial Doador de órgãos. Transplantes. Doação de Órgãos.

Área

Multidisciplinar