Aspectos clínicos e funcionais de transplantados renais com disfunção crônica do enxerto
O transplante renal (TxR) é considerado a melhor terapia a longo prazo em vigência da doença renal crônica, e mesmo com a terapia imunossupressora, há risco de disfunção crônica do enxerto (DCE). O objetivo do estudo foi avaliar a função pulmonar (FP), força muscular respiratória (FMR) e força de preensão palmar (FPP), sono e distúrbios emocionais em transplantados renais com DCE e correlacionar estas variáveis com níveis de hemoglobina(Hb), creatinina(Cr) e tempo de transplante.
Estudo transversal com pacientes transplantados renais com DCE. Foram avaliados quanto à antropometria, função pulmonar, força muscular respiratória e periférica, ansiedade e depressão, nível de atividade física, dispnéia, sono e níveis de Hb e Cr. Análises de correlação foram realizadas.
Foram avaliados 65 pacientes, 63% homens com idade médiade 39,8±11,4 anos, tempo de DRC de 13,6±8,0 anos, 11% com DRC por HAS e 40% com sobrepeso. Anemia (79%) e sedentarismo (75%) foram predominantes. O tempo em diálise e transplante renal com medianas de 24 meses e de 09 anos respectivamente, sendo que 52% receberam órgão de doador vivo. Em torno de 64% dos pacientes apresentaram alteração na função pulmonar, 67% na força muscular respiratória e 86% apresentaram diminuição da força muscular periférica. A má-qualidade do sono foi observada em 57% dos pacientes, com prevalência da ansiedade em 12% deles.
Os pacientes com DCE apresentam alteração da função pulmonar, fraqueza muscular generalizada, má qualidade do sono, anemia, sobrepeso e sedentarismo, que podem coomprometer a reavaliação do enxerto levando a possível perda do mesmo.
depressão; força muscular; insuficiência renal crônica, testes de função respiratória; transplante de rim.
Rim
UNICID - São Paulo - Brasil, UNIFESP - São Paulo - Brasil
Nathalia Toledo Piatti, Adriana Claudia Lunardi, Ana Paula Pereira da Silva, Lais Azevedo Sarmento, Karen Leite de Moraes, Rosimeire S Padula, Luciana Dias Chiavegato