Título

Qualidade de vida no pré-transplante de fígado

Introdução

A qualidade de vida de quem está a espera por um transplante é bastante prejudicada, visto que o transplante é a última alternativa de tratamento para quem está em estado terminal da doença crônica.

Material e Método

Estudo transversal com 64 candidatos à transplante no ambulatório de transplante hepático da UNIFESP. Os dados foram coletados por meio de entrevista, utilizando um formulário estruturado com características socioeconômicas e clínicas, e um instrumento específico para avaliar a qualidade de vida dos pacientes portadores de doença hepática crônica, o Chronic Liver Disease Questionnaire (CLDQ).

Resultados

64 pacientes, com idade entre 19 e 71 anos, a média de idade foi de 52,25 (DP=4,9) anos, 67 % do sexo masculino, 64% casados, 66% estavam desempregados, aposentados ou afastados. Em relação a análise do CLDQ, os pacientes obtiveram qualidade de vida ruim no total dos domínios, com média de 3,94 (DP=1,29) e também em todos os 6 domínios do sintomas da doença hepática (sintomas abdominais, fadiga, sintomas sistêmicos, atividade, função emocional e preocupação).

Discussão e Conclusões

A qualidade de vida dos pacientes candidatos à transplante de órgãos encontra-se ruim, devido a suas condições de saúde limitantes de uma vida precária.O transplante passa a ser uma esperança para a melhora desta qualidade de vida.Estudos tem demonstrado que, se há um cuidado em saúde ampliado à estes pacientes no período do pré-transplante, a qualidade vida tende a ter uma melhora no primeiro ano, decorrente da melhora das suas condições físicas.Porém uma leve piora e declínio nos anos seguintes, em consequência de fragilidades emocionais, frustações, sofrimento psíquico e expectativas inadequadas em relação ao transplante, que não poderão ser atingidas.

Palavras Chave

Transplante de fígado; Transplante de órgãos; Qualidade de vida