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XV CONGRESSO BRASILEIRO DE TRANSPLANTES 2017

XV CONGRESSO BRASILEIRO DE TRANSPLANTES 2017

LOCAL: Bourbon Cataratas - Foz do Iguaçu/PR - FOZ DO IGUAÇU /PR | 18 a 21 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

Transplante renal em pacientes com anticorpos anti-HLA do doador (DSA): Impacto de um protocolo preemptivo com plasmaferese (PF) e imunoglobulina (IVIg) nos desfechos pós-transplante

Introdução

O manejo de pacientes com DSA pré transplante renal (Tx) é um desafio e há poucas evidencias sobre o benefício dos protocolos de dessensibilização pós-Tx.

Material e Método

Estudo unicêntrico de coorte retrospectiva incluindo Tx realizados entre Jan/13-Jan/16 com prova cruzada negativa e DSA > 1500 MFI (n=71). De acordo com o protocolo local, pacientes com DSA > 3000 MFI são submetidos a 4 sessões de PF + 2g IVIg (grupo 1, n=49) e aqueles com DSA 1500-3000 MFI recebem 2g IVIg (grupo 2, n=22). Todos recebem ATG 6mg/Kg e manutenção com tacrolimo, prednisona e everolimo (EVR) ou micofenolato.

Resultados

Os grupos foram semelhantes quanto a demografia: mulheres (68%), jovens (40 anos), sensibilizadas (PRA I 58%, PRA II 33%), com 44% de retransplantes. 4% receberam doadores de critérios expandido e EVR foi o agente anti-proliferativo em 79%. Em 1 ano de seguimento, 11 pacientes do grupo I (22%) apresentaram rejeição aguda (RA)(1o episódio em média 36 dias pós-TxR): 1 IB, 1 III, 7 RMA, 2 mistas. A incidência de RA no grupo 2 foi 32% (7 episódios) (média de 30 dias pós-TxR): 1 IA, 5 RMA, 1 mista. Não houve diferença entre os grupos quanto à incidência e tempo para o 1o episódio de RA. Não houve diferença estatisticamente significante quanto à incidência de reinternação por infecção (43 vs. 27%, p=0,292). 5 pacientes (10%) perderam o enxerto no grupo 1 (4 perdas por RA e 1 óbito com rim funcionante) e 2 no grupo 2 (1 perda por RA e 1 por abandono da imunossupressão devido infecção grave). A TFG ajustada para as perdas e óbitos foi semelhante entre os grupos (52 vs. 57 mL/min, p=0,870).

Discussão e Conclusões

Apesar de elevada incidência de RA, a utilização de protocolos de dessensibilização pós-Tx foi associado a taxas de perda e óbito que justificam o uso desta terapia como uma alternativa para pacientes com DSA.

Palavras Chave

Dessensibilização

Área

Rim

Instituições

Hospital Geral de Fortaleza - Ceará - Brasil

Autores

Beatriz Oliveira Neri, Tainá V Sandes-Freitas, Jeronimo Junqueira Junior, Maria Luiza Mattos B Oliveira Sales, Ronaldo Matos Esmeraldo