O DOADOR IDEAL CADA VEZ MAIS RARO
Na última década o processo de doação ganhou reforço no DF, com a criação e participação da OPO. Além disso, há 5 anos atrás começamos nosso programa de transplante de fígado que se somou aos programas de transplante de coração e rins já existentes.
O cuidado com o potencial doador tem imposto um desafio no DF, pois a escassez de leitos de UTI tem dificultado o processo de manutenção do potencial doador que na sua maioria é mantido nos leitos das emergências.
Além da dificuldade na manutenção, percebemos uma mudança no perfil dos nossos doadores. O doador jovem, sem comorbidades e vítima de trauma está em queda, e vemos surgir com maior frequência o adulto de meia idade vítima de acidente vascular com patologias prévias e hábitos sociais de etilismo e uso de drogas.
Trata-se de uma pesquisa quantitativa, descritiva, exploratória e retrospectiva. Os dados foram descritos através de análise de freqüência absoluta e relativa. A amostra do estudo consistiu de 511 doadores que passaram pelo processo de doação entre janeiro de 2007 a dezembro de 2016, notificados à CNCDO-DF, e 1256 transplantes de rim, fígado e coração realizados no DF neste período.
O AVC foi responsável por 46% das mortes encefálicas.
64% dos doadores são homens, e a proporção entre gêneros pouco mudou
A faixa etária entre 18 e 40 anos de idade, cresceu de 29% para 52%.
As doações de menores de 17 anos caiu pela metade. Os doadores, com tipagem O permanecem em 56% ,
houve queda na tipagem A e a tipagem B quase triplicou saindo de 5% para 13,3%
o transplante de coração e fígado em 2012 somavam 36%, em 2016 alcançaram mais de 50%
Este estudo evidenciou mudança de perfil de doadores, AVC predominou como causa das ME. A maioria dos doadores eram homens, a faixa etária subiu.
Doação
Causa da ME
Coord. Tx / Ética
CNCDODF - Distrito Federal - Brasil
DANIELA FERREIRA SALOMAO, Aderivaldo Cabral Dias Filho, Pedro Rincon da Cruz