Dados epidemiológicos de corações explantados no período de 2014 a 2016 em hospital quaternário de São Paulo.
O transplante cardíaco é uma opção terapêutica para a insuficiência cardíaca congestiva refratária à terapêutica convencional. Na faixa etária pediátrica a disfunção cardíaca pode ser devido a cardiopatias congênitas em evolução natural ou em pós operatório; assim como devido as cardiomiopatias adquiridas.
O objetivo desse trabalho retrospectivo observacional foi evidenciar algumas características epidemiológicas nos pacientes submetidos a transplante cardíaco pela equipe de Cardiopatias Congênitas do Instituto do Coração – HC/FMUSP. No período de fevereiro de 2014 a dezembro de 2016, 56 pacientes foram submetidos ao transplante cardíaco e o órgão explantado enviado para análise anatomopatológica.
Os doadores eram 26 (46,4%) do sexo masculino e 30 (53,7%) do feminino. As idades divididas em 3 grupos: 0 a 10 anos (27 pacientes: 48,3%); 10 a 18 anos (19: 33,9%) e acima de 18 anos (10: 17,8%). O laudo anatomopatológico evidenciava que 35 pacientes eram portadores de cardiomiopatias (62,5%) e 21 portadores de cardiopatias congênitas (37,5%). Entre as cardiomiopatias, a miocardiopatia dilatada foi observada em 29 pacientes (82,8%), a cardiomiopatia restritiva em 4 pacientes (11,5%) e cardiomiopatia hipertrófica em 2 pacientes (5,7%).
A análise do coração explantado oferece, de uma forma concreta, o correlacionamento entre os achados anatômicos, epidemiológicos, clínicos e laboratoriais, dos pacientes submetidos a transplante cardíaco pediátrico, de forma a melhorar a conhecimento e a logística desta terapêutica.
insuficiência cardíaca, transplante cardíaco, pediatria.
Pediatria
INSTITUTO DO CORAÇÃO HCFMUSP - São Paulo - Brasil
ADAILSON WAGNER SIQUEIRA, JOHNNY XAVIER SANTOS, VERA DEMARCHI AIELLO, MARCELO BISCEGLI JATENE, ESTELA AZEKA