Familiares de Pacientes Oncológicos: o que sabem sobre doação de órgãos?
A doação de órgãos no Brasil teve início na década 60, vigorando a lei de transplante, onde a família decidia em doar ou não os órgãos do parente falecido. No ano 1997 foi criada a lei nº 9.434, onde o cidadão deixava expresso a sua vontade de doação dos seus órgãos em vida, porém em 2001 a lei nº 10.211, vigorava novamente o consentimento familiar para doação. Por este motivo é de fundamental importância entender os motivos que levam os familiares dos potenciais doadores a consentirem ou não doação.
Tratou-se de uma pesquisa descritiva, prospectiva, de caráter exploratório. Foram 633 artigos encontrados. 07 artigos foram utilizados, e 626 foram descartados por não atenderem a propósito da pesquisa. Essa abordagem ocorreu na sala de espera do ambulatório de quimioterapia do Hospital Amaral Carvalho de Jaú. O pesquisador entrevistou os acompanhantes dos pacientes, utilizando um instrumento idealizado pelo próprio pesquisador, foram realizadas 313 abordagens.
Os dados demonstrou que: 48% dos acompanhantes dos pacientes que estavam no ambulatório de quimioterapia eram primos (as), vizinhos (as) e conhecidos dos pacientes, seguido do grupo de filhos 15%, de cônjuges 10%, pais 10%, mães 10% e irmãos 7%. Pouco mais da metade dos familiares entrevistados nunca conversaram com seus familiares sobre doação, representando 50%. 75% dos entrevistados desconheciam que o paciente oncológico, salvos os de câncer generalizado, podiam ser doadores, que a CIHDOTT do HAC ainda é pouco conhecida (34%) entre os familiares dos pacientes que neste hospital realizam tratamento.
A pesquisa demonstrou que os acompanhantes são favoráveis a doação (33%), porem que desconhecem que pacientes oncológicos podem ser doadores e desconhecem a existência da CIHDOTT no hospital HAC.
Doação, Órgãos, Enfermagem.
Enfermagem
Hospital Amaral Carvalho Jaú - São Paulo - Brasil
André Luiz Deonizio, Rosemeire Dellacrode Giovanazzi