Manutenção do Potencial Doador para captação cardíaca
No Brasil, os transplantes de órgãos torácicos são menos frequente que os demais transplantes de órgãos sólidos como rim e fígado. A alta complexidade do procedimento cirúrgico e dos recursos necessários para se cuidar de pacientes transplantados de coração e pulmão, além da necessidade de treinamento de equipe médica altamente especializada, dificulta a criação de centros transplantadores.
relato de caso de processo de doação num hospital no Rio de Janeiro
PD de 39 anos, com quadro de acidente vascular hemorrágico grave associado à hipertensão arterial maligna, diabetes insipidus (débito urinário de 23,52 ml/kg/h) e hipotensão arterial refratária a drogas vasoativas, nas primeiras doze horas de evolução, tendo inicialmente a dosagem sérica de uréia, creatinina e sódio, em 1,87, 60 e 162, respectivamente. Com noradrenalina a 3,76mcg/kg/h, 5 U/kg/h de vasopresssina, e 25ml/kg/h de solução de ringer lactato. Foi administrado DDAVP venoso no esquema 2mcg IV 6/6h, sem resposta sastifatória. A família solicitou tempo para decidir sobre uma possível efetivação, com isso foi necessário mais 24 horas de manejo hemodinâmico, nesta fase as DVA estavam em: 0,9 mcg/kg/h de noradrenalina, 0,01mcg/kg/h de vasopressina, e 12,5 ml/kg/h de solução de ringer. Os familiares autorizaram a doação, que culminou numa captação cardíaca para um receptor priorizado; e ainda captação de rins, fígado e córneas.
O processo de doação requer esforços multiprofissionais e ações precisas para um bom desfecho. A sensibilização da equipe assistencial intensiva é o principal fator a alavancar resultados. A cultura de doação é contínuo, necessita de melhorias constantes e deve ser acessível. A comissão intrahospitalar de doação é co-responsável por esse processo.
doação, manutenção, captação cardíaca
Multidisciplinar
Hospital Israelita Albert Einstein - São Paulo - Brasil
Luiz Gustavo Torres Dias da Cruz, Roberto Lannes, Sion Divan, Nahia Arandia, Andrea Ludovico